Candidatos ao Senado “entram no clima” e também partem para a troca de farpas
Um embate que vinha sendo travado, basicamente, entre os candidatos ao Governo, de repente contaminou também os candidatos ao Senado. Nos últimos dias, três dos sete postulantes à única vaga ao Senado, adotaram a troca de farpas como estratégia de final de campanha: Zé Maranhão (PMDB), Lucélio Cartaxo (PT) e Wilson Santiago (PTB).
Lucélio (em segundo na disputa, segundo Ibope) se apresenta com “o novo”, e tem criticado a candidatura de Maranhão, por considerar um político ultrapassado, e ainda acusa o peemedebista de ter recebido aposentadoria ilegal: “Maranhão já ocupou todos os principais cargos políticos no Estado, e está na hora dele se aposentar e deixar a vez para os mais jovens, que trabalham mais.”
Em seu revide, o peemedebista (em primeiro, segundo o Ibope) tem afirmado: “Sou velho, mas não sou velhaco”. E tem complementado que o Senado “não é uma casa para se fazer política, ou para aventuras eleitorais, mas para quem tem experiência e pode oferecer de fato um serviço ao País, com competência e com uma biografia limpa”.
Depois, foi a vez de Wilson Santiago (em terceiro, segundo o Ibope) afirmar que conseguiu a adesão de 21 prefeitos do PMDB, no que foi rebatido por Maranhão: “Ele apenas anunciou os prefeitos que sempre estiveram como, é mais do mesmo, e talvez tenha feito tanto barulho, por estar preocupado com as últimas pesquisas, com o colocam atrás até de Lucélio Cartaxo”.
Santiago afirmou, em revide: “Maranhão não tem essa autoridade toda para falar de pesquisa, e insistiu na adesão de prefeitos do PMDB à sua candidatura”.
Esse, em síntese, é o cenário do embate entre os três candidatos mais à frente na disputa pela vaga do Senado. No último Ibope, Maranhão apareceu com 33% da intenção de votos (percentual que vem mantendo desde o início da campanha), seguido por Lucélio Cartaxo (14%) e Wilson Santiago (13%). Resta saber se os ataques de Lucélio e Santiago surtirão efeitos para, ao mesmo tempo, crescer nas pesquisas e tirar votos de Maranhão. Ou, se a troca de farpas não resultará em mudança significativa na corrida ao Senado.