Caos na saúde: Empresa terceiriza maternidade e contrata 400 sem concurso
Impressionante o caos que reina na saúde em Patos. Depois do caso das ambulâncias do SAMU que foram parar na delegacia de polícia por falta de atendimento no Hospital Regional, a Comissão de Saúde da Assembleia descobriu que a Maternidade Peregrino Filho que tinha repasses mensais de R$ 180 mil ate março de 2012, passou para R$ 2,3 milhões após ser terceirizada.
Outra descoberta também impressiona, conforme relato do presidente da Comissão, deputado Aníbal Marcolino: “Nós atestamos que a Fibra contratou mais de 400 pessoas, para atender na maternidade, pasmem, sem concurso público. Enquanto isso, os funcionários efetivos continuam sendo pagos pelo Estado. Ou seja, a empresa tem um lucro que não se tem nem em Dubai.”
Há poucos dias, após uma audiência pública, o Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público Federal decidiram acionar a Justiça, depois que um representante da Procuradoria Geral do Estado se recusou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta para realizar as reformas necessárias Hospital Regional. Vale lembrar que o CRM já interditou a UTI do hospital por falta de condições para operar.
Agora, quando se vê uma empresa terceirizada contratar 400 funcionários sem concurso público, dá pra entender o que realmente está ocorrendo com o dinheiro da saúde. Especialmente quando o Governo do Estado aumenta em mais de 1.200% os repasses para a maternidade, após a terceirização. Em Patos, o que se diz é que os funcionários contratados foram todos indicados por políticos aliados do Governo RC.
Diante desse quadro, fica difícil não acreditar que seja verdade.