Caso Bruno Ernesto: promotora cobra e secretário não dá explicações sobre balas usadas no crime

O mistério segue pautando o caso do assassinato de Bruno Ernesto. Além da suspeita conclusão do inquérito policial em tempo recorde, apontando latrocínio, apesar de depoimentos dos acusados indicando a possibilidade de execução, a Polícia não se preocupou, durante o inquérito, em identificar a propriedade da arma e das balas usadas no crime.

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O mistério segue pautando o caso do assassinato de Bruno Ernesto. Além da suspeita conclusão do inquérito policial em tempo recorde, apontando latrocínio, apesar de depoimentos dos acusados indicando a possibilidade de execução, a Polícia não se preocupou, durante o inquérito, em identificar a propriedade da arma e das balas usadas no crime.

Mas, a propriedade da arma e das balas foi desvendado durante o programa Intrometidos, quando se divulgaram documentos comprovando que a arma pertencia à Secretaria de Segurança, enquanto a munição foi retirada da Secretaria de Administração Penitenciária. Mesmo assim, em nenhum momento o Governo do Estado se manifestou sobre o assunto.

Em agosto, a promotora Ana Maria França de Oliveira, coordenadora do NCAP (Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial) oficiou o Major Sérgio Fonseca de Souza, gerente executivo do Sistema Penitenciário (Secretaria de Administração Penitenciária), solicitando esclarecimentos sobre a destinação dada ao lote da numeração AHQ92… Deu dez dias. Mas, o prazo passou e ela obteve resposta.

Então, em 16 de dezembro de 2016, a promotora voltou à carga, oficiando diretamente o secretário Wagner Dorta (Administração Penitenciária). Da mesma forma, a promotora também deu um prazo de dez dias para uma resposta. E, até o momento (segunda, dia 9 de janeiro), esta resposta não foi enviada. O caso caracteriza descumprimento de preceitos constitucionais, conforme a promotora até adverte em seu ofício.

Origem das balas – Em ofício datado de 21 de outubro de 2015, a empresa CBC, fornecedora de munição, confirmou que o citado lote (AHQ92) foi adquirido pelo Governo do Estado, destinado precisamente à Secretaria de Administração Penitenciária. E, como se sabe, a munição utilizada para assassinar Bruno Ernesto era exatamente desse lote.

Ficam então as indagações: por que, então, as investigações não avançam? Por que o Governo do Estado não se manifesta sobre o assunto, uma vez que a arma e a munição pertenciam ao Estado? Afinal, Bruno Ernesto foi ou não foi vítima de uma execução?

CONFIRA OFICIO DA PROMOTORA EM AGOSTO DE 2016

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OFICIO DA CBC INDICANDO QUE AS BALAS ERAM DA SECRETARIA

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