CASO BRUNO ERNESTO (vídeos) Gaeco devolve para a juíza os autos do processo já “conclusos para despacho”
O caso Bruno Ernesto voltou à pauta. É que, há poucos dias (21 de abril), os autos do processo que trata do crime foram remetidos para o Ministério Público da Paraíba, mais precisamente para o Gaeco. Oito dias depois (29 de abril), foram devolvidos para a juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota (2º Tribunal do Júri) e, desde então, se encontram “conclusos para despacho”.
Como se sabe, há dez meses, o processo do assassinato, com viés de execução, encontrava-se com a magistrada, sem movimentação, desde que Inês Ernesto do Rego Moraes e Ricardo Figueiredo de Moraes (pais de Bruno Ernesto) impetraram dois pedidos de suspeição, contra o promotor Marcus Leite e Francilucy.
Este processo corresponde ao Inquérito 1.200 (que tramitou no Superior Tribunal de Justiça) e “desceu” para a Paraíba, após o principal investigado, o ex Ricardo Coutinho deixar o governo. O processo foi distribuído para o promotor que emitiu parecer pelo arquivamento. Caberia, então, à juíza se manifestar sobre o pedido de suspeição e, em caso de negar a suspeição, acatar ou o arquivamento do processo.
Suspeição – Segundo os advogados Aluízio Lundgren Corrêa Regis e Herman Lundgren Corrêa Regis os pedidos de suspeição se deram porque o promotor teria uma “proximidade notória com o investigado Ricardo Coutinho, já que é genro de Carlos Pereira, superintendente do DER, e um dos auxiliares mais ligados ao ex-governador, além de ser primo do secretário Hervázio Bezerra, que foi líder do governo RC”.
Quanto à juíza Francilucy, a argumentação se fundamenta no fato dela ser nora da Emília Brandão, vice-prefeita de Mataraca, filiada ao PSB, e uma das militantes mais próximas do ex-governador, conforme atesta farta documentação anexa aos autos.
A mãe – “Há oito anos, espero da Justiça uma resposta ao brutal assassinato de meu filho, diante de todo um arsenal de indícios de execução, a começar pelo fato de que a arma e as munições utilizadas no crime que eram de propriedade do Estado e, em nenhum momento, o ex-governador se manifestou sobre o assunto, e sequer deu satisfações à sociedade”, declarou Inês.
O crime – Quando foi assassinado (em 7 de fevereiro de 2012), Bruno Ernesto era diretor de Infraestrutura e Suporte da Prefeitura de João Pessoa, por isso sua inevitável associação com o escândalo do Jampa Digital, já que ele era um dos coordenadores do programa que, dois anos depois, foi escândalo nacional, com uma extensa reportagem do Fantástico (Rede Globo). Mais em https://goo.gl/q8u8Jd.
Naquela noite de fevereiro, por volta das 19h, Bruno foi sequestrado pela quadrilha próximo à sua residência, no bairro dos Bancários, colocado na mala do próprio carro (um Corsa Sedan) e levado a uma área deserta da Zona Sul. Após se apropriarem de seus bens, inclusive um notebook, ele foi assassinado com um tiro na nuca, mesmo pedindo para não ser morto. Revelação de um dos criminosos.
Também restou comprovado que eles sabiam de toda a rotina de Bruno, antes de executar o plano. Tinham, como se suspeitou, informações privilegiadas sobre seu trajeto.
Eles foram presos, quando dirigiam o carro por um bairro de João Pessoa. Segundo o inquérito, concluído poucos meses depois, o caso foi de latrocínio. Os sete foram julgados e condenados, com pena máxima. E o caso foi dado como encerrado.
Execução – O tiro na nuca, para a Polícia, é sinal de execução. Às vezes, por encomenda. Em entrevista à Imprensa, alguns bandidos chegaram a admitir terem sido contratados para realizar “o serviço”.
CONFIRA VÍDEO DO DIA DO CRIME…