CASO DO MÉDICO AGRESSOR… Juíza nega pedido de prisão preventiva alegando já haver medidas protetivas
Segue repercutindo o caso do médico João Paulo Casado, flagrado agredindo ex-companheira Rafaella Lima. A juíza Shirley Abrantes Moreira Régis (Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), negou, nesta quinta (14/09), pedido de prisão preventiva. A decisão da magistrada acompanhou parecer do Ministério Público da Paraíba.
A magistrada alegou “impossibilidade de se decretar a prisão preventiva tão somente com base no clamor social”, ponderou sobre a contemporaneidade do episódio (agressão ocorreu, ano passado) e lembrou que já existe uma medida protetiva em vigor que proíbe o médico de se aproximar até 500 metros da vítima.
E ainda: “Faz-se mister destacar que não há demonstração contemporânea e concreta de que o indiciado tentará intimidar ou corromper testemunhas, destruir provas materiais ou dificultar as investigações criminais e o andamento da marcha processual”.
Silêncio – O médico compareceu à Delegacia da Mulher, nessa quarta-feira, espontaneamente, e usou o direito de permanecer em silêncio e, logo após, foi liberado. Segundo seu advogado, Aécio Farias, João Paulo “nunca foi considerado foragido”, e que permanecerá à disposição da Justiça, para quaisquer esclarecimentos.
Pra entender – No final de semana, vazaram em redes sociais cenas de violência, gravadas, ano passado (em março e setembro de 2022), do médico contra sua ex-companheira. Os vídeos mostram, primeiro, agressões físicas dentro de um veículo, e, depois, dentro do elevador, com a presença do filho menor.
Com a divulgação, o médico foi demitido, primeiro pela secretária-interina Janine Lucena (Saúde, João Pessoa), depois pelo secretário Jhony Bezerra (Saúde, Estado). O Conselho Regional de Medicina também abriu procedimento contra o médico que, em vídeo divulgado logo após, pediu perdão pelo ocorrido, e alegou estar em “momento de desespero”.