Caso do paciente que morreu: acusado pela Justiça, Waldson se defende
Em nota enviada ao Blog, o secretário Waldson de Sousa (Saúde) se posiciona sobre a acusação do desembargador José Ricardo Porto de ter descumprido decisão judicial, ao não fornecer medicamento especial a um paciente portador de câncer, que veio a falecer por falta do remédio.
Waldson diz que o medicamento (Votrientre) não está incluso entre aqueles fornecidos pelo Ministério da Saúde, mas que, mesmo assim, teria adquirido um lote, através de licitação. Entretanto, Waldson não se pronunciou sobre por que não havia repassado o remédio ao paciente. Veja a nota:
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que o medicamento Votrientre de 40mg utilizado para tratamento oncológico e que foi solicitado para o paciente Rui Vanderlei Rocha não está no rol de medicamentos disponibilizados na portaria 2981/2009 do Ministério da Saúde, que define o elenco de medicamentos especializados e que são de responsabilidade de fornecimento pelo Estado.
A SES ainda esclarece que apesar disso, em respeito à decisão judicial e ao paciente todos os procedimentos necessários para aquisição do medicamento do paciente foram realizados seguindo os tramites da lei de licitações nº 8666 de 21 de Junho de 1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública.”
Detalhe: no final da nota da Secretaria, há uma curiosa citação de Ayrton Senna: “No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação e à ética, não existe meio termo…ou você faz a coisa bem feita, ou não a faz.” No caso do paciente que morreu, certamente a coisa não foi bem. Ou não foi feita. A citação não poderia ser mais oportuna…