Segue a arenga entre o Hospital Help e a gestão do prefeito Bruno Cunha LIma em Campina Grande. Tudo começou quando Dalton Gadelha, presidente da Fundação Pedro Américo, que gerencia o hospital, acionou a Prefeitura na Justiça, para cobrar uma dívida na casa dos R$ 33 milhões.
Na sequência, a Prefeitura reagiu e garantiu que Dalton não estava falando a verdade. Que tinha repassado mais de R$ 44 milhões ao Help, e que a dívida remanescente seria da ordem de R$ 700 mil. A informação foi repassada pelo secretário Carlos Dunga (Saúde).
Bem, a direção do Help foi para a tréplica. Em nota, a direção do hospital rebateu: “A Fundação Pedro Américo não reconhece verdade em nenhuma das palavras do Secretário de Saúde de Campina Grande e mantém todos os fatos narrados pelo presidente da Fundação Pedro Américo, Dalton Gadelha, escolhido pela mídia nacional como uma das 100 maiores personalidades da área da saúde no Brasil”, diz o texto da nota.”
Em nota, a instituição confirma a denúncia do médico Dalton Gadelha, quanto à dívida da Prefeitura da ordem de R$ 33 milhões.
CONFIRA ÍNTEGRA DA NOTA…
A Fundação Pedro Américo, entidade filantrópica, estabelecida na cidade de Campina Grande-PB, mas com atendimento em todo Estado da Paraíba, vem a público esclarecer os seguintes fatos:
Por ter o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Saúde (CEBAS), atende, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em suas diversas unidades, há quase duas décadas.
Em razão dessa característica, a entidade tem direito de receber recursos públicos de vários órgãos e ministérios, como toda e qualquer instituição filantrópica, a exemplo do Hospital da FAP, do Hospital Napoleão Laureano e do Hospital Português.
Nos últimos anos, foi contemplada com recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), solicitados pela própria Secretaria de Saúde, especificamente para o Hospital de Ensino e Laboratórios de Pesquisa (HELP), com vistas ao custeio das atividades necessárias ao atendimento de pacientes do SUS e daqueles atendidos por filantropia.
Após a informação concedida em recente entrevista pelo presidente da Fundação Pedro Américo Dalton Gadelha sobre a dívida que a Secretaria de Saúde de Campina Grande-PB tem com o HELP, decorrente da falta de repasse de recursos carimbados, o Secretário de Saúde se manifestou e, de forma surpreendente, negou o débito.
Do montante recebido pelo Fundo Municipal de Saúde (FMS), na época da notícia de fato instaurada perante os Ministérios Públicos Estadual e Federal, que tramitam nos aludidos órgãos sob nº 001.2025.001942 e 1.24.001.000015/2025-37, respectivamente, remanescia ainda R$ 33.181.000,00 (trinta e três milhões cento e oitenta e um mil reais) devidamente carimbados em favor do HELP e não repassados.
Estranha-se a negativa, pois, na própria notícia de fato instaurada perante o Ministério Público, de fácil acesso a qualquer pessoa, a assessoria jurídica do eminente secretário, por meio do Ofício nº 040/2025/SMS/PMCG, de 21 de fevereiro de 2025, assume expressamente o débito e justifica o não pagamento em suposta falta de apresentação de planos de trabalho e outros procedimentos burocráticos.
Apesar disso, em recente resposta no âmbito do processo existente no MP, o HELP apresenta farta documentação que demonstra a apresentação de todos os planos de trabalho e demais documentos solicitados pela prefeitura, de modo a não restar qualquer desculpa ao ente municipal.
Tanto é verdade que dos R$ 33.181.000,00 (trinta e três milhões cento e oitenta e um mil reais) cobrados, após a instauração do caso no órgão ministerial, a Secretaria de Saúde fez repasse de R$ 1.000.000,00 no dia 14 de fevereiro de 2025 e, após a entrevista concedida no dia 18 de março e de grande repercussão na mídia, quitou R$ 1.373.228,48 (confira abaixo comprovantes desses pagamentos) no dia 19 de março.