CASO IPEP (áudio) Cineasta desabafa contra sofrimento da mãe enquanto aguarda Justiça que não vem: “É uma dor que deprime, que mata!”
O cineasta Durval Leal Filho acessa mais uma vez o Blog, para externar sua indignação com que vem acontecendo com sua mãe (Dona Nisélia Garcia Leal de Araújo) e tantas “outras mães deprimidas, sofridas, sem terem um norte, por se sentirem injustiçadas”, no caso Ipep. Os mais de 1,2 mil servidores do antigo Ipep aguardam que Justiça seja feita, há anos. E, apesar de terem vencido as ações, em todas as instâncias, esses pais e mães de família, muitos com a idade avançada e outros já doentes, seguem sem receber o pagamento integral de seus salários.
Desde o dia 4 de maio, quando o Tribunal de Justiça, à unanimidade, decidiu mais uma vez em favor dos servidores, a categoria aguarda que o juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda) determine o bloqueio dos recursos necessários ao pagamento dos salários integrais. Aproveitando o vácuo, o governo do Estado voltou a impetrar um recurso (um embargo), através da Procuradoria da PBPrev, para não pagar. O recurso trouxe mais incerteza e amargura para os servidores.
São centenas de funcionários e seus familiares, que sofrem uma perversa perseguição de viés fascista, desde julho de 2011, da parte do ex Ricardo Coutinho. Enquanto aguardam por Justiça, vem essa dor, segundo Durval, “uma dor que deprime, uma dor que mata”. Ele próprio, Durval, filho de uma servidora do antigo Ipep e fala de sua revolta: “Justiça que não se cumpre, Justiça que se une com governos corruptos… Justiça de senhores que se sentem na toga deuses, que vêm os outros como inferiores”.
O desabafo se deu, esta manhã (sexta, dia 5), quando Durval chegou em casa e encontrou sua mãe em depressão, por conta das incertezas e, obviamente, da inércia da Justiça no caso Ipep. “Eu fiquei arrasado, vendo minha mãe naquele estado”, revelou ao Blog. Ele também postou uma foto da mãe, prostrada com o sofrimento.
OUÇA ÁUDIO…
(* escultura acima é do dinamarquês Jens Galschiot)