CASO IPEP (áudios) Organização criminosa pode ter influenciado ministros em Brasília para Ricardo Coutinho seguir sem pagar servidores
Os áudios envolvendo Daniel Gomes da Silva e comparsas da Paraíba, como Ricardo Coutinho e Gilberto Carneiro, detalhando articulação para tentar influenciar decisões de ministros de tribunais superiores em Brasília, com Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal de Contas da União revelam que até mesmo o caso Ipep pode ter sido alvo da organização criminosa. (mais em http://bit.ly/2QxlSEr e http://bit.ly/2QB72Ni)
Num dos áudios mais recentes, por exemplo, Daniel e Ricardo especulam chegar junto ao ministro Luís Fux (STF e TSE), para articular a absolvição de Ricardo Coutinho na chamada Aije Fiscal que, a propósito, foi julgada pelo TSE e o ex-governador, como se sabe, foi absolvido, inclusive com o voto de Fux que, afinal, pode ter votado sem qualquer influência.
O fato é que, em novembro último, ou seja, antes da prisão do ex Ricardo Coutinho, mas já após todo o escândalo de repercussão nacional revelado pela Operação Calvário, o ministro Alexandre de Moraes (STF), sem maiores explicações, retirou da pauta de julgamento a ADPF 369, em novembro, um dia antes de ir a plenário e adiou o caso para 6 de fevereiro.
Ora, lá se vão mais de oito anos que esse processo se delonga, em prejuízo das famílias dos servidores. Então, agora em que áudios revelam como agiam Ricardo Coutinho, Gilberto Carneiro e Daniel Gomes junto ao Judiciário, fica a suspeita de que o caso Ipep também sofreu influência da organização criminosa para não ser julgado.