CASO IPEP – E, agora, quem vai pagar pelas vidas dos muitos servidores que adoeceram com a perseguição e morreram esperando por Justiça?
É fato que o governo do Estado fechou acordo com o pessoal do antigo Ipep, com a implantação dos salários integrais já a partir deste mês de julho. Além disso, fechou o parcelamento de parte da diferença a que os servidores teriam direito entre 2015 e 2020, em 120 suaves prestações com deságio de 50%. Quanto ao restante da dívida, irá para pagamento em precatórios. Ou seja, a perder de vista. Não é exatamente um primor de acordo…
Mas, há um acordo e, pelo menos, começa a reparar o imenso dano causado aos mais de 1,2 mil pais e mães de família em uma quase década da perversa perseguição imposta pelo ex Ricardo Coutinho, desde 2011. O detalhe é que, segundo a Justiça, o ex-governador confrontou a lei para retaliar essas pessoas, talvez imaginando que elas teriam votado em Zé Maranhão, na eleição de 2010, conforme já denunciaram os servidores.
Outro detalhe é que, se o ex-governador agiu fora da lei e contraiu uma dívida milionária (estima-se em mais de meio bilhão de reais) para os cofres do Estado, sobrou para João Azevedo pagar a conta. Isso, no entanto, é apenas parte dos estragos causados pela perseguição fascista do ex-governador. E quem vai pagar pelos que morreram durante esse período, vítimas de doenças causadas pela ansiedade e o estresse?
Pelo menos 40 servidores morreram, neste período, conforme estudo levantado pelos dirigentes de sindicato da categoria, que responsabilizam diretamente Ricardo Coutinho pela vítimas. E os outros tantos, que passaram a sofrer de doenças desencadeadas pela indignação e a impotência de enfrentar um poder público leviatã perseguidor? Quem irá pagar essa conta de tantas vidas destroçadas e perdidas?