CASO LULA Festival de patacoadas no Supremo bem no apagar das luzes de 2018
A verdade é que, independentemente de ser contra ou a favor de manutenção da prisão do ex-presidente Lula, o Supremo Tribunal Federal protagonizou, no apagar das luzes de 2018, uma patacoada que só depõe contra a própria Justiça. Uma lorota. O cidadão comum que observa asneiras assim, tende a perder as esperanças numa Corte que deveria ser suprema. Suprema, inclusive, na coerência.
Que lástima. Numa hora, o ministro Marco Aurélio muda o entendimento sobre prisão em 2ª instância, a abre caminho para a liberdade de Lula e outros presos pelo País nas mesmas circunstâncias. Logo depois, seu colega Dias Tofolli, atuando como presidente do STF, derruba a sua decisão e põe os brasileiros na incerteza sobre o que é verdade e o que não é verdade constitucional.
Pela simples razão que, na condição todo-poderosos, os ministros do Supremo parecem, como dizem seus críticos, se considerar acima do bem e do mal, e detentores de sua própria verdade. Cada um à sua maneira. É impossível se ter segurança jurídica num Estado em que prevalece apenas a vontade repentina do príncipe das leis. Ao sabor das circunstâncias e do humor.
Assim, independentemente de ser contra ou a favor de manutenção da prisão do ex-presidente Lula, o fato óbvio é que as vaidades estão postas acima da letra da lei numa pátria, que, há muito, vem sendo governada pelo humor do Judiciário.