CASO PADRE ZÉ… Governador nega responsabilidade do Estado no desvio de recursos do Prato Cheio denunciado pelo Gaeco
A fase 3 da Operação Indignus, tocada pelo Gaeco, trouxe, como novidade, a informação de que recursos do Programa Prato Cheio, do governo do Estado, gerenciados pelo Instituto Padre Zé, foram em grande parte desviados, como parte do escândalo que teve como pivô o Padre Egídio.
Diante das revelações do Gaeco, o governador João Azevedo negou que o Estado tenha responsabilidade nas fraudes denunciadas pelo Ministério Público, mas ressalvou: ““O Estado tem um convênio com a instituição que contrata seus fornecedores. Se tem problemas, isso tem que ser apurado”.
Segundo João, o seu governo está colaborando com as investigações e que, se tiver algum integrante de sua gestão envolvido no esquema, será afastado: “Esperamos que os responsáveis pelos supostos desvios serão identificados, para diminuir a ansiedade de muita gente.”
O governador afirmou também que o Estado “sempre faz o acompanhamento da implantação dos projetos, com relatórios e apresentação de documentos quanto à utilização dos recursos públicos conveniados com a entidade e que, se tiver documento ou nota falsa, essas empresas serão responsabilizadas”.
E arrematou: “Muitas vezes, as pessoas acham que o Estado é quem distribui esse alimento do programa. Mas, não é assim. O Estado tem uma relação com a Arquidiocese, através do Instituto São José de extrema confiança, como todos nós. Se houve desvio, que seja apurado.”
Secretaria – Já a secretaria de Desenvolvimento Humano, em nota, também afirmou que a execução do convênio referente ao programa Prato Cheio era de total responsabilidade do Instituto São José, que lidava diretamente com os fornecedores que são alvos da investigação.
Indinus 3 – A força tarefa, liderada pelo Gaeco, cumpriu, nessa quinta (14/12), vários mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de João Pessoa e Patos, de pessoas supostamente relacionada com os ilícitos, especialmente empresas contratadas para prestação de serviços ao Instituto Padre Zé.
De acordo com o o Gaeco, os achados encontrados nas investigações, e que inspiraram a 3ª fase da operação, foi focada nos crimes de pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita. E foram identificados desvios no âmbito do Programa Prato Cheio.