Caso PT: ministro leva emoção à eleição de Campina. Mas, tarde demais
Não há o menor perigo de ocorrer uma eleição sem emoção em Campina Grande. A última dessas emoções foi dada pelo ministro Dias Tófoli, do Tribunal Superior Eleitoral, acatando recurso da candidata Daniella Ribeiro (que havia pedido a manutenção da aliança com o PT), e determinando que o TRE da Paraíba volte a examinar a questão.
A aliança do PP com o PT, como se sabe, foi seguidamente negada em todas as instâncias da Justiça Eleitoral na Paraíba. A decisão monocrática do ministro, porém, chega um pouco tarde. A eleição já acontece no domingo, dia 7, e dificilmente o TRE terá tempo de reexaminar a matéria, antes do veredicto das urnas. O que é uma emoção a mais.
Além do mais, os advogados de Almeida já anunciaram decisão de embargar, em Brasília, a decisão do ministro Tófoli. Com isso a matéria não desce para o TRE da Paraíba enquanto esse embargo não for julgado, uma vez que a decisão foi monocrática. Há até um pedido para ele se averbe de julgar matérias do PT, uma vez que foi advogado do partido.
E mesmo que o TSE encontre tempo para julgar matéria tão controversa, e o TRE coloque em pauta até domingo, dificilmente a candidata (se o TRE julgar favorável ao seu pleito) poderá aproveitar dessa vantagem. O tempo, como se disse, é exíguo. É um caso típico de como a Justiça, quando tarda, falha.
A decisão – No final de sua decisão, o ministro proferiu: “Dou provimento ao recurso especial eleitoral (da candidata Daniella), nos termos do art. 36, § 7º, do Regimento Interno do TSE, para anular o aresto regional e determinar à e. Corte Regional que examine o recurso eleitoral apresentado pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.”