Cássio defende pedido de impeachment da presidente Dilma por crime de extorsão
O senador Cássio Cunha Lima e mais cinco parlamentares passaram a defender de imediato o pedido de impeachment da presidente Dilma, após a delação do empresário Ricardo Pessoa, dono da empresa UTC. São eles: o senador Ronaldo Caiado (Dem-GO) e os deputados Raul Jungmann ( PPS-PE), Roberto Freire (PPS-PE), Paulinho da Força Sindical (SDD-SP) e Nilson Leitão (PSDB-MT).
Como se sabe, em seu depoimento, o delator Ricardo Pessoa revelou que o ministro Edinho Silva (Comunicação), ex-tesoureiro da campanha de Dilma teria pressionado o empresário para contribuir com a campanha da petista de 2014. De acordo com os parlamentares, o depoimento do delator revela que ele sofreu extorsão para dar dinheiro, em troca da manutenção de seus contratos com a Petrobrás.
Mas, não houve consenso sobre o impeachment da presidente, entre os demais parlamentares, de diversos partidos de oposição, durante reunião realizada nesta terça (dia 30). Eles avaliaram que não ainda argumentos jurídicos consistentes para pedir a cassação da presidente Dilma.
Diante da divisão, o grupo decidiu entrar com representação na Procuradoria-Geral da República contra Dilma e o ministro Edinho por crime de extorsão. Eles se fundamentam em declarações do delator, de que fez a doação para não sofrer retaliação na Petrobrás.
Segundo Cássio, a representação na PGR pode levar o Tribunal Superior Eleitoral a anular as eleições que reelegeram Dilma. Mas, para entrar com a representação, é necessário o TSE ter acesso ao conteúdo da delação de Pessoa, e pontuou: “O impeachment não está descartado, mas não garante novas eleições, que é o melhor caminho.”