Cássio acusa RC de tentar intimidar adversários e Imprensa e lembra Jampa Digital e Propinoduto
O senador Cássio Cunha Lima foi à tréplica após ser tachado de “vagabundo” pelo governador Ricardo Coutinho. O ataque de Ricardo ocorreu depois que o senador revelou ter sido procurado por ele em 2010, com uma oferta milionária para desistir de disputar o Governo do Estado. Os valores não foram revelados mas, segundo se especula, orbitou na casa dos milhões.
Em sua resposta, Cássio afirmou que Ricardo “ataca instituições e pessoas, quando não pode cooptá-las. Persegue servidores, adversários e jornalistas no limite do desvario, pra intimidar uns e silenciar a todos. Recentemente, estipulou preço para deputados e lideranças políticas. Essa régua não me mede. Não estou nem jamais estive à venda.”
Confira o texto do senador na íntegra:
“Ricardo Coutinho tem uma mesma e recorrente prática. Quando não pode se contrapor a uma denúncia, tenta desqualificar o denunciante. Quando não pode negar um fato, apenas mente, como o fez no episódio do desaparecimento de inquérito policial sobre propinas para secretários e familiares (O caso Propinoduto).
Ataca instituições e pessoas, quando não pode cooptá-las. Persegue servidores, adversários e jornalistas no limite do desvario, pra intimidar uns e silenciar a todos. Recentemente, estipulou preço para deputados e lideranças políticas. Essa régua não me mede. Não estou nem jamais estive à venda.
Ataques e perseguições não me dobram nem me calam. Se a Imprensa nem soube das ofertas privadas de dinheiro, registra, no entanto, o oferecimento de vantagens políticas de toda ordem. São fatos públicos e históricos. O medo e a tirania até silenciam o presente, mas não conseguem mudar o passado. Ricardo Coutinho também não o conseguirá.
Por medo de uns, acomodação de outros ou omissão de muitos, o Governo do Estado tem conseguido anular o debate sobre graves questões administrativas, como a explosão da insegurança no Estado, a grave omissão em relação à seca, que já dura quatro anos ou ao sucateamento de serviços ou de instituições tão essenciais como a UEPB.
Felizmente nem todos se omitem ou se intimidam. Por isso avançam na Justiça processos como o do Jampa Digital ou os que descrevem o que Ricardo Coutinho fez para ganhar as eleições de 2.014. Esses processos não mostram tudo, tal a utilização criminosa da máquina e de recursos públicos nas eleições. Mas, alimentam a esperança de que, cedo ou tarde, até os maiores engôdos são desmascarados.”