Cássio volta a criticar fundo de financiamento de campanha em seminário ao lado de Gilmar Mendes
O senador Cássio Cunha Lima voltou a criticar a constituição do Fundo Público de Finaciamento de Campanha, na abertura do “Seminário Reforma Política: Avanço ou Retrocesso?”, representando o Senado Federal, esta segunda (dia 9), em São Paulo, ao lado do ministro Gilmar Guedes (Supremo). O senador disse que reforma política trouxe alguns avanços, mas “infelizmente alguns retrocessos”.
Entre os avanços destacou a cláusula de barreira (ou desempenho) já em 2018 e o fim das coligações a partir de 2020. Os retrocessos, na opinião dele, estão no fundo de campanha e a possibilidade de que partidos políticos promovam rifas e bingos.
E acrescentou: “Por princípio, sou contrário ao financiamento público de campanha porque entendo que o Estado tem outras necessidades inadiáveis de custeio, como saúde, educação e segurança.” Para o tucano, em vez de discutir formas de financiar campanhas, “o debate deveria ser em torno do barateamento das campanhas”.
O senador observou ainda que as eleições municipais de 2016 apontaram, conforme apurações do Ministério Público Federal como as doações individuais protocoladas geraram o que ele classificou de um “verdadeiro laranjal”, quando pessoas apenas forneceram os seus dados para oficialização de doações.
Já o ministro Gilmar Mendes lembrou o quanto os dados apontam que, das 730 mil doações de pessoas físicas nas eleições de 2016, a Receita Federal calcula que cerca de 300 mil doadores não teriam condições legais de realizar tais doações.