O périplo do vice-prefeito Manuel Júnior e o secretário Paulo Paiva (Acompanhamento da Gestão), por Brasília, nos últimos dias, rendeu alguns dividendos interessantes para João Pessoa. Com o ministro Osmar Serraglio (Justiça), a liberação dos recursos para a implantação da Central de Vídeo Monitoramento, que irá auxiliar na prevenção da violência na cidade.
Terminou em ameaças e uma denúncia ao Ministério Público do Estado (NCAP) a audiência desta tarde (terça, dia 28), numa ação movida pelo radialista Diego Lima contra a advogada Laura Berquó, dentro do Caso Dom Aldo Pagotto. Tudo começou após Laura ter sido ouvida pela juíza Hygina Josita Simões (2ª Vara Criminal), separadamente, e informado à magistrada que não iria se retratar de postagens em seu Blog.
O prefeito Luciano Cartaxo tem imposto um contraponto desigual com o governador Ricardo Coutinho, no quesito do funcionalismo. Enquanto RC anuncia zero de reajuste, Cartaxo acaba de acertar um aumento de 5% para os professores da rede municipal. “Com esse aumento, eles passam a receber salários 20% acima do piso nacional”, observou o prefeito.
O prefeito Romero Rodrigues voltou a denunciar perseguição do governador Ricardo Coutinho a Campina Grande, pelo fato dele não ser seu aliado político. “Desde 2014, que o Governo do Estado não investe um centavo no São João de Campina Grande. Até então, houve parceiras, enquanto o PSDB apoiava seu Governo.”
A Assembleia segue em temperatura. Na sessão desta terça (dia 28), o deputado Janduhy Carneiro voltou a denunciar retaliação contra os parlamentares de oposição na Assembleia. Também estranhou o atraso no pagamento dos salários dos servidores. O deputado foi rebatido pelo presidente, Gervásio Filho, que afirmou: “É preciso o deputado Janduhy dizer que perseguição foi essa.”
O sindicalista e ex-candidato a governador, Sizenando Leal, voltou a criticar a política conduzida pelo Sintep (Sindicato dos Trabalhadores em Educação). Em postagem no Facebook, Sizenado afirmou que “a direção tem o “rabo preso” com o (governador) Ricardo Coutinho, pois não escrevem uma linha de críticas duras pelo não respeito ao PCCR do Magistério”.
O reitor Rangel Júnior (UEPB) recebeu, na tarde desta segunda (dia 27), deputados e vereadores, que foram conhecer de perto o tamanho da crise porque passa a Instituição, com a demissão de professores e o cancelamento de novas turmas (2,7 mil alunos) no segundo semestre deste ano. A crise se intensificou após corte de R$ 27 milhões determinado pelo governador Ricardo Coutinho em seu orçamento.
Os professores da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) realizam nesta terça (dia 28), mais um ato público, em protesto contra o “brutal garroteamento financeiro imposto pelo Governo do Estado, que pode desestabilizar a Instituição”. O movimento é capitaneado pela Aduepb (Associação dos Docentes da UEPB), que cobra diálogo com o governador Ricardo Coutinho para resolver o impasse.
Os servidores técnicos administrativos do Estado estão se mobilizando para deflagrar uma paralisação por tempo indeterminado. A informação é de Nataluan Carvalho, presidente do Sinditec (sindicato da categoria): “O prazo e a paciência dos técnicos administrativos se esgotou. Se não houver diálogo nos próximos três meses, a greve será lançada em todo o Estado.”
O alerta chegou às universidades federais e se intensificou a partir de recentes declarações de secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, durante reunião com dirigentes da Proifes-Federação (Federação do Sindicato de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico), em Brasília.
