O ex-presidente Lula teve motivos para deixar a Paraíba, no último domingo, (dia 19), elogiando a especialíssima (e cara) culinária campinense. Após a reinauguração da Transposição em Monteiro, a comitiva de Lula e Dilma, ciceroneada pelo governador Ricardo Coutinho, retornou a Campina Grande. Mas, não embarcou diretamente a São Paulo, como previsto.
O governador Ricardo Coutinho não chegou exatamente a surpreender, mas aparentemente decidiu assumir abertamente seu estilo camaleão. Há meros dez dias, posou alegremente ao lado do presidente Temer, em Monteiro, durante a inauguração (dia 9) do Eixo Leste da Transposição. Sua mídia, inclusive, chegou a insinuar que eles haviam estreitado laços políticos eventualmente estremecidos.
O Brasil ficou sabendo o que muitos paraibanos já suspeitavam, que é o uso da máquina do Estado com finalidades políticas. Pelo menos a julgar pelo que divulgou O Antagonista, em sua edição deste domingo (dia 19). Segundo o blog, o Governo Ricardo Coutinho fretou ônibus e chegou a intimar funcionários comissionados para engrossarem a assistência em Monteiro.
Se havia alguém em condições de ir a Monteiro para até mesmo “reinaugurar” a Transposição era Lula. Questão de justiça. Sem desmerecer, claro, todos aqueles que contribuíram de alguma forma pela sua realização, foi o ex-presidente Lula quem efetivamente iniciou a obra, que outros, não tiveram coragem de começar. Como foi o caso, por exemplo, de Fernando Henrique Cardoso.
O reitor Rangel Júnior (UEPB) encaminhou ofício ao secretário Waldson de Sousa (Planejamento), solicitando explicações sobre o corte de R$ 27 milhões no orçamento da Universidade, que irá obrigar a demissão de mais de uma centena de professores, além de inviabilizar a convocação de novas turmas (2,7 mil alunos) no segundo semestre do ano.
Vamos combinar: o atual cenário sinaliza o prefeito Luciano Cartaxo como a bola da vez para disputar o Governo em 2018. Segue lógica recente da história recente da Paraíba. Cássio Cunha Lima saiu da Prefeitura de Campina pra disputar o Governo, em 2002. Pela oposição. Da mesma forma, Ricardo Coutinho deixou a Prefeitura de João Pessoa, em 2010, também pra disputar o Governo. Pela oposição.
Funcionários da Fundac (Fundação do Desenvolvimento da Criança e do Adolescente) deverão paralisar suas atividades, novamente, diante a resistência do Governo do Estado em dialogar com a categoria. Lúcia Brandão, presidente do Sindac (sindicato da categoria), denuncia que até mesmo a secretária Livânia Farias (Administração) tem se negado a receber os servidores: “É desrespeito mesmo.”
O radialista Célio Alves que, em outubro do ano passado, se envolveu num rumoroso episódio de violência contra a própria namorada, reapareceu e, aparentemente, retomou às suas funções de porta-voz do Governo Ricardo Coutinho. Falando como presidente municipal do PSB de Guarabira, Célio anunciou que o Governo do Estado irá construir uma escola técnica estadual na cidade.
“Valorizando a arte das ruas” é o título do mais novo artigo do escritor Palmarí Lucena, que aborda o fenômeno da arte feita nas ruas, especialmente o grafite, e sua diferença do vandalismo. Segundo Palmari, infelizmente o poder público se mostra incapaz de “implantar projetos de combate ao vandalismo e ao mesmo tempo, valorizar o grafite como uma fonte de renda para artistas das ruas e para promover a ressocialização de jovens expostos ao crime e às drogas.”
A Câmara de João Pessoa já tem a composição dos integrantes de todas as comissões permanentes da Casa. A escolha dos membros ocorreu, nesta quinta-feira (dia 16), e houve consenso entre as bancadas nas indicações. “O convívio harmônico que temos estabelecido tem contribuído para as definições se darem acima das disputas políticas”, afirmou o presidente Marcos Vinicius.
