A aliança entre o PSB do governador Ricardo Coutinho e o senador Zé Maranhão estaria aguardando apenas o atestado de óbito, especialmente depois do “rebaixamento” que RC demitiu Laplace Guedes da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento, oferecendo como “prêmio de consolação” uma inexpressiva Secretaria Adjunta de Energia do PAC.
Desde que não conseguiu se reeleger senador, Ney Suassuna ensaiou um retorno à política, mas sempre recuou. Agora, aparentemente, Suassuna está mais determinado. Ele admite tentar a sorte nas urnas de 2018, como candidato ao Senado. Sua revelação foi feita antes de desembarcar na Paraíba, onde participa, este sábado (dia 9), de um encontro da família Suassuna em Catolé do Rocha.
Laplace Guedes não deve mesmo assumir a Secretaria-Adjunta de Energia do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Ele foi recentemente demitido pelo governador Ricardo Coutinho da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento do Estado, para acomodar o deputado Lindolfo Pires. O rebaixamento causou intenso mal-estar dentro do PMDB.
O Governo do Estado não tem sido perverso apenas com os servidores do quadro, mas também com aqueles que decidem deixar o Governo. É o caso, por exemplo, de Tiago Lacerda Sousa, que, no último mês de fevereiro, decidiu pedir exoneração do cargo de técnico administrativo, após, segundo ele, ser “assediado moralmente e constantemente”.
Os concursados da Polícia Militar estão decididos a defender suas nomeações, que o governador Ricardo Coutinho tem se recusado a fazer. Eles estão determinados a acionar a Justiça, com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, e Ministério Público, para que seus direitos sejam preservados. Mas também estão determinados a chamar atenção da população para o problema.
Poucos imaginavam que ao eleger Eduardo Cunha presidente da Câmara dos Deputados, em 2015, estava se criando um uma espécie de monstro na caótica fauna da política brasileira. Ao longo de seu turbulento mandato como presidente, e mesmo afastado, Cunha usou o poder para se perpetuar num posto, resistindo aos processos de cassação e todos os inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato.
O governador Ricardo Coutinho, como se sabe, vem resistindo em nomear os concursados da Policia Militar, apesar de ter jurado durante a eleição que iria nomear pelo menos cinco mil novos policiais. E, apesar da violência crescente no Estado, não fez as nomeações. Pior: levantamento do Tribunal de Contas do Estado mostra uma defasagem de pelo menos 8,7 mil policiais no Estado.
Um áudio que vazou para a Internet revela indignação de um dos concursados da Polícia Militar que se encontrou com o governador Ricardo Coutinho e cobrou as nomeações. Segundo ele, o governador afirmou que estava muito chateado com as cobranças, e que preferiu realizar um novo concurso a contratar os concursados.
O artifício já foi usado antes por outros fichas sujas. Agora, quem tenta a mesma operação é o ex-prefeito Zé Régis, enroscado com a Justiça e impedido de disputar novamente a Prefeitura de Cabedelo, ele decidiu driblar a Lei da Ficha Limpa, lançando a esposa, Eneida Régis, candidata pelo PDT do deputado Damião Feliciano.
O deputado Wellington Roberto surpreendeu seus colegas de PR, ao renunciar a indicação de relator no processo contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no Conselho de Ética da Câmara Federal. Bolsonaro, como se sabe, responde representação no conselho sob acusação de quebra de decoro, ao homenagear o Coronel Brilhante Ustra, quando anunciou seu voto pelo impeachment da presidente afastada Dilma, em abril.
