Depois que o deputado Manuel Júnior rebateu declarações do governador Ricardo Coutinho, que acusou de farsa e golpe a votação do impeachment, na manhã desta terça (dia 19), foi a vez de Pedro Cunha Lima também revidar o governador. Segundo o tucano, o governador não tem autoridade para criticar os deputados, pois “avaliza a corrupção da Petrobrás”.
O presidente do PT, Charliton Machado, voltou a disparar contra os nove deputados federais que votaram o impeachment da presidente Dilma, na votação do último domingo (dia 17), que resultou na aprovação do pedido de admissibilidade do processo. Apenas três deputados votaram contra o impedimento da presidente.
Quem acompanhou deputado a deputado na votação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma, no último final de semana, pode testemunhar o nível da maioria dos parlamentares que argumentaram seus votos em homenagem à “minha mãezinha”, “meu pai”, “minha filhinha”, “o prefeito da minha cidade”, “a minha igreja” e até “meu Corinthians”.
O PT abriu fogo com os nove deputados federais da Paraíba que votaram pelo impeachment da presidente Dilma na Câmara Federal. Em nota distribuída à Imprensa, o presidente do partido, Charlinton Machado, registrou sua indignação: “Na condição de aliados de Temer e Cunha, certamente passarão para história em suas biografias como golpistas e traidores da democracia.”
Nas últimas 24 horas o senador Raimundo Lira passou da condição de indeciso para definido em torno do impeachment da presidente Dilma. Lira vinha reivindicando a presidência ou a relatoria da Comissão Especial do Senado, mas já foi informado pela direção do PMDB, que o partido não irá ocupar nenhum dos dois postos, por ser parte interessada.
A votação do impeachment da presidente Dilma pela Câmara Federal segue rendendo, no pós-operatório. O deputado Manuel Júnior, por exemplo, rebateu enfaticamente declarações do governador Ricardo Coutinho, que acusou os deputados federais de terem patrocinado uma farsa, e que o processo de impeachment não passou de uma “encenação”.
O Brasil foi, nas últimas horas, manchete em praticamente todos os grandes jornais do mundo por conta do processo de impeachment em andamento. A aprovação da admissibilidade do impedimento pela Câmara Federal expõs as fragilidades políticas da presidente Dilma, segundo a mídia internacional, mas também exibiu um lado deplorável desse processo…
O governador Ricardo Coutinho, que foi um dos mais ferrenhos defensores da presidente Dilma durante todo o processo de impeachment, postou em seu twitter, nas primeiras horas desta segunda-feira (dia 18), sua crítica ao processo conduzido pela Câmara Federal. Para o governador, o impeachment não passou de uma farsa.
Agora que o processo do impeachment foi aprovado pela Câmara Federal e segue para o Senado, onde haverá de fato o julgamento do mandato da presidente Dilma, é possível identificar a tendência de voto dos senadores paraibanos. E, até onde o Blog pode apurar, dos três parlamentares, dois são pelo impedimento e um está indeciso.
O processo do impeachment não se encerra com a votação desse domingo (dia 17) pela Câmara Federal. O pedido de admissibilidade que foi aprovado, com 367 votos, agora segue nesta segunda-feira para o Senado Federal, e já deve ser lido em plenário amanhã. Caberá então ao Senado constituir uma Comissão Especial do Impeachment com 21 parlamentares, mais 21 suplentes.
