O vice-prefeito Nonato Bandeira, que costuma manter certa distância do debate político, enviou extenso comentário ao Blog, em que advoga: “Se a presidente Dilma Rousseff não for afastada do cargo por vias legais (cassação da chapa eleita, impeachment ou renúncia) daremos péssimo exemplo de como deve proceder a República no Brasil”.
O Blog recebeu de Brasília informação de que, na mais recente reunião do PSB, o presidente do partido, Carlos Siqueira, reafirmou que o partido irá apoiar o processo de impeachment contra a presidente Dilma e reforçou que os filiados devem seguir a orientação nacional. Siqueira foi, então, rebatido pelo governador Ricardo Coutinho.
O governador Ricardo Coutinho falou com um entusiasmo como se defendesse o próprio mandato, ameaçado com tantas ações que pedem sua cassação junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Mas, durante manifestações promovidas, ontem (quinta, dia 1), no Centro de João Pessoa, entoou o bordão “não vai ter golpe” e ainda disparou contra o PMDB.
É no mínimo imprudente quem compara e vê simetria do atual cenário no processo de impeachment da presidente Dilma com a cassação de Collor de Mello em 1992. A partir do mais elementar: Collor não tinha militância. Quando ele convocou a população a ir às ruas defender seu mandato, os brasileiros vestiram luto e deram a senha ao Congresso Nacional.
Num cenário de tantas notícias sombrias, uma delas chama a atenção pelas consequências sociais em jogo, a partir de informações do Ministério do Trabalho. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ao longo dos últimos doze meses, houve uma média de 6,7 mil desempregados por dia útil no Brasil.
Deputados estaduais voltaram a se confrontar em torno de personalidades nacionais. Há poucos dias, como se sabe, enquanto o deputado Anísio Maia (PT) tachava o juiz Sérgio Moro de “nazista”, seu colega Artur Filho (PRTB) aprovava requerimento com voto de aplausos ao magistrado. Agora, novo embate se faz, desta vez entre Anísio e Tovar Correia Lima (PSDB).
O deputado Raniery Paulino, do PMDB, surpreendeu seus colegas na Assembleia, ao defender que o PSB do governador Ricardo Coutinho indique um dos novos ministros da presidente Dilma, no lugar dos peemedebistas que estão deixando o Governo, após o rompimento do partido. Para o peemedebista, o governador merece indicar um ministro pela coerência em defender a presidente.
Vez em quando a sociedade se organiza e realiza um serviço que, a rigor, a rigor, deveria ser do Poder Público. É o caso do Movimento Fui Assaltado JP, integrado por pessoas no Facebook, que coleta relatos de registros policiais, feito pelas próprias vítimas, parentes ou amigos. A ideia é denunciar a onda de violência, para alertar as autoridades, no caso a Secretaria de Segurança.
Não quer dizer muito, afinal uma recente superlista da Odebrecht trouxe uma relação de vários paraibanos beneficiados da empreiteira com doações (algumas supostamente ilegais), mas não deixa de ser curiosa essa relação levantada pela Folha de São Paulo. Segundo dados obtidos junto ao TSE, as empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava Jato financiaram 19 governadores eleitos em 2014.
Cisma dentro da Secretaria de Segurança Pública, depois que um delegado denunciou junto ao Ministério Público do Estado que o secretário Cláudio Lima estaria acumulando vencimentos (com o salário da Polícia Federal), e que delegados de Polícia Civil estariam recebendo horas extras, mesmo sem estar em delegacias. O caso elevou a temperatura na Secretaria.
