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O clima, que já estava muito carregado em Brasília, só tende a se agravar nas próximas horas. Primeiro, a OAB acabou de protocolar novo pedido de impeachment, em meio a um grande tumulto entre favoráveis e contra o afastamento da presidente Dilma. No final desta tarde (segunda, dia 28), o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do Governo, avisou: “Se Dilma cair com esse golpe, Temer também irá cair depois!”

Foi em temperatura máxima o protocolo do pedido de impeachment protocolado, esta tarde (segunda, dia 28), pela Ordem dos Advogados do Brasil junto à Câmara Federal. Houve confronto entre os grupos defensores do impeachment e militantes, especialmente do PT, que apoiam a presidente Dilma. O tumulto foi registrado dentro da Câmara.

“Eu irei seguir o que o partido decidir, mas a verdade é que a posição que irei defender na reunião do PMDB é pelo afastamento do Governo Dilma Rousseff”, foi o que antecipou o deputado Manuel Júnior, sobre a decisão que o partido deve tomar nas próximas horas sobre o rompimento: “O PMDB, sempre que foi convocado, colaborou, serviu ao País e ao Governo, mas acho que não dá mais.”

O deputado Manuel Júnior, pré-candidato a prefeito pelo PMDB, oficializou nesta segunda-feira (dia 28), na sede do partido, o professor Marcos Alves como seu coordenador-geral de campanha. Marcos Alves já vinha trabalhando, nos últimos meses, com o peemedebista, na elaboração das estratégias de campanha e na plataforma de governo.

Agora é oficial: o PP bateu martelo no apoio à reeleição do prefeito Luciano Cartaxo. O acordo foi celebrado esta segunda (dia 28), em Brasília, durante reunião envolvendo Cartaxo, o deputado Aguinaldo Ribeiro (presidente estadual do PP) e o vereador Durval Ferreira, presidente da Câmara. Cartaxo passa a contar a partir de agora com oito partidos em seu projeto de reeleição.

A Semana Santa passou e um recente pronunciamento do ex-presidente Lula terminou passando quase despercebido. O petista falava para uma plateia de sindicalista, quando lamentou que um dos efeitos da Operação Lava Jato possa ser o aumento do desemprego: “Quando tudo isso terminar, você pode ter muita gente presa, mas você pode ter também milhões de desempregados nesse País.”

O senador Zé Maranhão não tem dúvida de que a bancada da Paraíba, que se reúne na noite desta segunda (dia 28), em Brasília, para deliberar pelo rompimento ou não com o Governo Dilma, tomará uma posição unânime, “seja qual for”. Maranhão não quis antecipar qual será a decisão dos paraibanos, mas a tendência é de votar pelo afastamento.

Uma das reportagens mais fortes do programa Fantástico (Rede Globo), na noite deste domingo (dia 27), incluiu uma entrevista com uma ex-funcionária (Conceição Andrade) da Odebrecht, em que revela uma lista de centenas de políticos que recebiam dinheiro, provavelmente propina, da empreiteira em obras realizadas em todo o País.

Uma curiosidade tem sido motivo de debate entre setores acadêmicos. Livros publicados por orientação do Ministério da Educação trazem referências interessantes sobre episódios recentes da História do Brasil. Num deles, por exemplo, o escândalo do Mensalão que resultou em várias condenações, inclusive com prisões, é visto como exploração da “Imprensa liberal de oposição ao petismo”.

A Páscoa não trouxe uma trégua na crise que o País enfrenta. Pelo contrário, abriu mais uma trincheira de guerra entre o Governo Dilma e o Supremo Tribunal Federal. Após pronunciamento da presidente na última quarta-feira (dia 23), indicando que o impeachment era um golpe, houve uma reação em cadeia (ops!) entre os ministros da Corte.