O governador Ricardo Coutinho tem um pé em Brasília e outro no… TCM. Em Brasília, como se sabe, RC foi cobrar da presidente Dilma liberação de um empréstimo de R$ 1,2 bilhão, um dia após subscrever nota contra seu impeachment. Mas, se foi ao Distrito Federal, não se descuidou de orientar sua bancada na Assembleia para iniciar o processo de criação do Tribunal de Contas dos Municípios.
É curioso, mas um dia após subscrever uma polêmica nota de governadores do Nordeste (contestada por Paulo Câmara, de Pernambuco) em defesa da presidente Dilma, Ricardo Coutinho foi a Brasília e apresentou… uma fatura de R$ 1,2 bilhão. Ricardo disse esperar pela “sensibilidade da presidente Dilma, para o momento que estamos atravessando”.
O ex-deputado Ruy Carneiro, presidente do PSDB, entende ser legítimo todo o processo desencadeado, a partir da decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de acatar o pedido de impeachment da presidente Dilma: “Está previsto no Constituição.” E afirmou que os indícios são muito claros, a partir das prisões de integrantes do PT nacional.
O Governo do Estado vem aplicando em educação, durante o ano de 2015, percentuais inferiores ao que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal. Como se sabe, o Governo precisa aplicar pelo menos 25% da receita líquida com educação e 60% do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) com o pagamento de salário dos professores. Mas, não vem aplicando.
Curiosa a notícia postada no Blog “Dia a Dia” do Vale do Piancó, nesta quinta-feira (dia 3). Segundo a publicação, “populares organizam protesto para impedir passagem de Ricardo Coutinho pelo Vale do Piancó revoltados com a negligência do Governo diante da falta de um bem essencial à vida”. Eles se referem à falta d’água na região.
O governador Ricardo Coutinho decidiu reagir, esta manhã, ao pedido de impeachment acatado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha. Parece também ser uma resposta ao senador Cássio Cunha Lima. Em postagem nas redes sociais, o governador afirmou que “nossa democracia, com seus defeitos e virtudes, não pode ser refém de chantagens explícitas”.
O senador Cássio Cunha Lima, dos primeiros parlamentares a defender o afastamento da presidente Dilma, afirmou, logo após o deputado Eduardo Cunha acatar o pedido de impeachment, que “os ingredientes já estavam postos, quando se caracterizou o crime de responsabilidade, quando se convive com um ambiente instável na política e se encontra respaldo na maioria da população”. Negou ainda que o impeachment seja golpe: “Está no rito legal.”
O Brasil não acordou nem melhor, nem pior, depois que o deputado Eduardo Cunha decidiu acatar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma. Mas, acordou diferente. E em condições de pelo menos se mover, numa direção ou em outra, mas tirar o País da paralisia dos últimos tempos. Se vai haver cassação ou não, isso é um mero detalhe.
No capítulo da segurança pública, o Governo do Estado erra até quando acerta. Num dia em que o Governo deveria apenas comemorar a iniciativa de por mais de 500 homens da Polícia Militar nas ruas para combater a violência, eis que o Coronel Euller Chaves, comandante da PM, surpreende. Euller, não apenas exime o Governo da responsabilidade sobre a escalada de violência…
O senador Cássio Cunha Lima considerou oportunista a posição do governador Ricardo Coutinho de propor, através de seus aliados, a criação do Tribunal de Contas dos Municípios quando, em 2008, o seu partido, o PSB, emitiu nota contra a criação da corte: “É no mínimo estranha essa mudança de pensamento do governador.”
