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O paraibano Evaldo Costa, ex-secretário de Comunicação de Pernambuco e um dos principais assessores do ex-governador Eduardo Campos, resolveu voltar à Paraíba e está investindo pesado para disputar a deputação federal. Evaldo mostrou fôlego, nos últimos dias, ao distribuir outdoor por vários municípios do Cariri, como Gurjão, Sumé, Monteiro, Serra Branca e São João do Cariri.

Filiado ao PSB do governador Ricardo Coutinho, Evaldo mostra uma vitalidade incomum num período em que as campanhas ainda não começaram pra valer. Afinal, como se sabe, não é muito barato distribuir a quantidade de outdoor (dezenas) que ele espalhou por todo Cariri, a partir da Praça do Meio do Mundo, apenas pra noticiar a sua participação num programa de rádio.

Há poucos dias, durante um encontro com o prefeito Luciano Cartaxo, o ex-governador Zé Maranhão descartou, “de forma definitiva”, a possibilidade de disputar a senatoria, apesar de seu nome vir liderando todas as pesquisas. Segundo Maranhão, “a decisão de concorrer a uma vaga na Câmara Federal é irreversível, não tem volta”.

Durante a conversa, Maranhão sugeriu que o prefeito apresentasse o nome de seu irmão Lucélio Cartaxo para compor a chapa majoritária, como candidato a senador, com Veneziano: “Creio que Lucélio seria um bom nome para integrar a chapa de Veneziano.” Mas, Luciano descartou essa possibilidade, alegando que Lucélio será “mesmo candidato a deputado federal”.

Depois do PR do deputado Wellington Roberto, agora foi a vez do PTB, do ex-senador Wilson Santiago, também defender o “Volta Lula”. Segundo Santiago, “metade da base aliada (da presidente Dilma Rousseff) também quer a volta de Lula”. Mas, cauteloso, admite que, ele não for candidato, “estaremos dando o nosso apoio a reeleição da presidente Dilma”.

Santiago diz que Lula seria uma melhor opção, porque quanto presidente revelou-se mais hábil nas articulações políticas, além do mais “fez um belo trabalho, conseguindo tirar milhões de pessoas da linha da pobreza e sempre manteve uma boa relação com líderes de outras nações do mundo, o que é importantíssimo para o momento que estava vivendo”.

Houve reações às críticas que o senador Cássio Cunha Lima fez ao governador Ricardo Coutinho, pelas demissões e perseguições a servidores, e ainda por ter exterminado com a autonomia da UEPB. A primeira foi do presidente do PSB, Ronaldo Barbosa, ao afirmar que “no tempo de seu Governo, o servidor fazia empréstimo para receber o próprio salário”.

O secretário Luís Torres (Comunicação) afirmou que no Governo RC 56 mil empregos foram criados (sem dizer onde), e cobrou os números daqueles criados no Governo do tucano. Já o ex-prefeito Veneziano fez uma indagação curiosa: “Só agora, ele (Cássio) descobre que seu ex-aliado perseguiu o funcionalismo e acabou com autonomia da UEPB?”

Foi curioso o debate travado entre o senador Cássio Cunha Lima e o Governo Ricardo Coutinho, durante o feriado do Dia do Trabalho (1º de Maio). Mas, a querela deu bem uma mostra do que se pode esperar da disputa entre os dois pelo Governo do Estado. Começou, logo cedo, com uma postagem do tucano no twitter…

Dizia: “Comemorar o dia do Trabalho com demissões de trabalhadores? Gente humilde sendo perseguida politicamente. Desespero em milhares de famílias… Foi prometido (e Ricardo prometeu isso?) expressamente, que não haveria perseguição política. Foi assegurado que quem trabalha não seria demitido. Inaceitável!”

Bastou o governador Ricardo Coutinho anunciar o retorno de seu líder, deputado Hervázio Bezerra, à Assembleia, a oposição cuidou de também mostrar as suas armas: o deputado Gervásio Maia acaba de ser confirmado como novo líder da oposição, no lugar de Anísio Maia. Gervásio retorna ao posto que ocupava até o ano passado.

Para acomodar Hervázio de volta à liderança, o governador RC precisou colocar dois deputados no estaleiro: Antônio Mineral (PSDB) e Manuel Ludgério (PSB). Há semanas, a bancada do Governo estava acéfala, porque nenhum dos titulares quis assumir sua liderança. Diante da disposição de Hervázio, o governador decidiu bancar a operação.

O governador Ricardo Coutinho acaba de sofrer a 8ª baixa em sua bancada na Assembleia Legislativa. Há poucos dias, foram demitidos um filho, um genro e um sobrinho do deputado João Henriques (Dem) e o seu rompimento era questão de tempo. O filho, Michel Henriques, era vice-presidente da Fundação Casa de José Américo…

Seu genro Ranieri Félix Sena era um dos diretores do Hospital Regional de Monteiro, enquanto o sobrinho, Cicero Roberto, chefiava a 5º Gerencia de Saúde do Cariri. Afora as demissões, informações dão conta de que convênios da Prefeitura de Monteiro, titulada por Ednacê (esposa de João) Henriques, com o Governo RC vinha sendo descumpridos.

O Brasil acompanhou estarrecido quando, no dia 8 de maio de 2011, o Fantástico (Rede Globo) trouxe extensa reportagem, no âmbito da chamada Máfia da Merenda, em algumas cidades do País. Num trecho dizia: “A equipe do Fantástico ficou quatro dias em João Pessoa. Em todos, foi registrado o desperdício de comida. Em um colégio, segundo o diretor, a merenda jogada fora daria para alimentar mais de cem crianças.”

Dizia ainda a reportagem do Fantástico: “Uma das empresas investigadas é a SP Alimentação. O dono, Eloizo Durães, chegou a ser preso ano passado, acusado de pagar propina a dois vereadores de Limeira, interior paulista. Entre as 13 cidades atendidas pela empresa, estão quatro capitais: São Paulo, Recife, São Luís e João Pessoa.”

Antes de anunciar viagem a China, o senador Cícero Lucena postou em seu Facebook, uma mensagem de cobrança ao seu partido, o PSDB: “Ainda espero o presidente (deputado Ruy Carneiro) tornar público o “recado” que me enviou por terceiro.” Pois Ruy distribuiu, na noite desta terça, nota em que nega ter enviado “recado” a Cícero.

“Não sou pessoa de mandar recados. Sou muito direto. Considero Cícero Lucena um quadro importante do nosso partido, e como tal, sempre será tratado. Não entendi a cobrança, mas asseguro que não lhe mandei nenhum recado, seja sobre chapa majoritária do partido, seja sobre qualquer outra questão relativa às eleições”, afiançou o deputado.

A votação das contas do Governo do Estado voltou a ser mote na pendenga entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima. Aborrecido com as indagações sobre a possibilidade de serem reprovadas, o governador RC abriu as baterias contra o senador Cássio: “Será que as contas do ex-governador (Cássio) aguentam meia hora de debate?”

Ricardo foi ainda mais incisivo, ao afirmar que, enquanto suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado pelo placar de seis a um, as “dele foram aprovadas por cinco a quatro”. E emendou, afirmando que no comparativo entre os dois governos (dele e de Cássio), todos os indicadores de sua gestão foram bem melhores.