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Não é mais novidade o aprofundamento da crise entre o PMDB e o PT no plano nacional. A primeira sequela da crise foi a aprovação, na Câmara Federal, de uma comissão especial para apurar fraudes envolvendo a Petrobrás na Holanda. Um dos artífices dessa crise na Câmara, pelo lado do PMDB, é o líder Eduardo Cunha…

E um dos seus maiores aliados dessa causa tem sido precisamente o deputado Manuel Júnior. O paraibano foi dos primeiros a se solidarizar com Eduardo Cunha, ante a iniciativa da presidente Dilma de tentar isolar o líder. Para Júnior, as críticas que o líder tem feito apenas refletem o pensamento da maioria da bancada, “ante o tratamento dispensado pelo Palácio do Planalto”.

Acentua-se a crise entre girassóis e tucanos, tendo a Prefeitura de Campina Grande como mote. Ontem, (terça, dia 12), o vice-prefeito Ronaldo (irmão do senador Cássio) Cunha Lima abriu fogo contra o governador Ricardo Coutinho, a quem acusou de usar o vereador e sindicalista Napoleão Maracajá para tentar desestabilizar a gestão do prefeito Romero Rodrigues.

Mal iniciou o dia de hoje (quarta), foi a vez do secretário José Araújo (Comunicação, Campina Grande) acusar o governador de boicotar Campina Grande, excluindo um representante da cidade na reunião para discutir Segurança Pública. O representante seria Ronaldo Filho. E a crise deve se agravar com a chegada prevista do senador Cássio nesta sexta, 14. A previsão é de mais trovoadas.

A ferida aberta após o rompimento do senador Cássio Cunha Lima segue aumentando a sangria. O vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima Filho, abriu fogo contra o Governo Ricardo Coutinho. Ronaldinho suspeita que o Governo RC vem usando o sindicalista e vereador Napoleão Maracajá (PCdoB) para tentar desestabilizar a administração do prefeito Romero Rodrigues.

Durante entrevista a uma emissora de rádio, o vice-prefeito campinense pontuou: “Quem foi o primeiro vereador a ser recebido na Granja quando começou esse distanciamento entre o Governo do Estado do PSDB e da Prefeitura de Campina Grande? Foi ele. Isso mostra que ele vem também sendo instrumento de correntes governistas para tentar desestabilizar a gestão campinense.”

A direção nacional do PP comunicou, oficialmente, ao Palácio do Planalto a saída do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) para disputar a deputação federal. Informação que põe fim especulações de que Aguinaldo poderia colocar seu nome para uma disputa ao Governo do Estado nas eleições de outubro, dentro do Blocão.

O PP, inclusive, até já indicou seu substituto, durante reunião (foto acima) do presidente do partido, senador Ciro Nogueira, e o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil): será Gilberto Magalhães Occhi, vice-presidente de governo da Caixa Econômica Federal (CEF). Aliás, o próprio cargo na Caixa já havia sido uma indicação do partido.

O senador Vital Filho confirmou ter recusado convite da presidente Dilma para assumir o Ministério do Turismo. E explicou que não aceitou, para não ser “motivo de divisão para o PMDB”. Acontece que este Ministério é da cota da Câmara Federal, ocupada pelo deputado Gastão Vieira que deixará o posto para concorrer à reeleição.

Vital pontuou que se sentiria “desconfortável em comandar o Ministério, invadindo um espaço que, atualmente, é da Câmara dos Deputados”. O convite, segundo Vital, ocorreu no dia 27 de fevereiro, porém, após conversar com os representantes da Câmara e do Senado, decidiu declinar do convite: “Não seria conveniente.”

O governador Eduardo Campos, que vinha mantendo um discurso mais ameno em relação à presidente Dilma, decidiu abrir as baterias. Durante uma entrevista em São Paulo, Campos desfechou artilharia pesada contra a petista: “O Brasil não aguenta mais quatro anos de Dilma.” Ele também acusou Dilma de “autoritária”.

A estratégia do governador de Pernambuco mudou a partir do último final de semana, quando iniciou périplo pelo interior do Estado e, depois, seguiu para São Paulo. Em entrevista ao jornal Estadão, Campos afirmou que a presidente não tem “sensibilidade com a questão ambiental, é avessa ao diálogo e tem um estilo autoritário de governar”.

A Assembleia Legislativa retornou às atividades na manhã desta terça-feira (dia 11) e em temperatura máxima. Quem cuidou de incendiar a abertura dos trabalhos foi o deputado Carlos Dunga (PTB), que utilizou a tribuna para criticar o Governo Ricardo Coutinho e anunciar apoio ao senador Cássio Cunha Lima.

Com isso, RC perdeu mais um aliado na Casa. Dunga disse que, a partir de agora, vai acompanhar o PSDB do senador Cássio e, por isso mesmo, não poderá mais fazer parte da bancada de situação. O deputado ainda deixou o governador à vontade para demitir os cargos comissionados indicados por ele em Boqueirão e região.

Circula nos bastidores do Sebrae-PB, que uma manobra está sendo costurada nos bastidores para antecipar o processo eleitoral que, normalmente, ocorre no final do ano. Como, aliás, aconteceu em dezembro de 2010, quando a atual diretoria foi eleita. Mas, pelo que se comenta no órgão, há uma estratégia para antecipar a disputa.

A antecipação teria inspiração no Palácio da Redenção, como forma de eleger uma diretoria afinada com a cartilha girassol. O atual superintendente, Luiz Alberto Gonçalves de Amorim, é irmão do deputado João Gonçalves, filiado ao PSD (do vice-governador Rômulo Gouveia), e que deve seguir no apoio ao governador Ricardo Coutinho.

A verdade é que o governador Ricardo Coutinho não se intimidou com o rompimento de seu aliado, o senador Cássio Cunha Lima. É imperioso reconhecer que ele foi pra cima, especialmente para tentar desfalcar a base do tucano. E tem conseguido marcar alguns pontos importantes, com a adesão de figuras antes tidas como de DNA cassista.

Cássio iniciou a semana sofrendo dois abalos não desprezíveis: o deputado Antônio Mineral, tido como fiel escudeiro de Cássio, e, o mais emblemático, de todos: o empresário Renato Cunha Lima, tio do senador. Um terceiro nome de peso deve anunciar nas próximas horas sua permanência ao lado de Ricardo: Franklin Araújo, ora na PBGás.

“É importante dizer que o tempo de se fazer o mal, acabou!” Foi precisamente com essas palavras que o prefeito Luciano Cartaxo reportou-se ao período da gestão Ricardo Coutinho à frente da Prefeitura, quando, não apenas não regularizou os agentes de saúde, como tentou demitir a todos, alegando que o processo seletivo para a contratação foi fraudulento.

Eles só não foram demitidos, graças a uma intervenção do procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, que impetrou ação na Justiça, impedindo a iniciativa de RC. A declaração de Cartaxo foi dada, nessa segunda-feira (dia 10), quando anunciou a regularização da situação trabalhista de 743 agentes comunitários de saúde e agentes de saúde ambiental na Estação Ciência.