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É pungente o apelo que o filho de uma funcionária pública aposentada do Estado faz ao governador Ricardo Coutinho, para que ela seja submetida a uma cirurgia no Hospital de Trauma. “Gostaria de expressar minha indignação diante da falta de comprometimento do Hospital do Trauma em face da realização da cirurgia dessa senhora, minha mãe.”

João Batista Gomes Junior publicou seu apelo no facebook , denunciando que sua mãe está “há 16 dias” a espera de uma cirurgia, que não foi até agora realizada por “falta de material cirúrgico”. Ele revelou já ter levado sua relação para a direção do Trauma, mas, “a Cruz Vermelha, que é contratada pelo Estado e que nada faz.”

“Governador Ricardo Coutinho, tome providencias em relação ao que esta acontecendo no hospital de Trauma da Paraíba!!! Que falta é essa de materiais para realizar cirurgias?”, indaga.

O governador Ricardo Coutinho voltou à Assembleia três anos depois, para a reabertura dos trabalhos legislativos. Desde que tomou posse, o governador compareceu apenas em 2011, quando apresentou um relatório do que pretendia realizar no Estado. Na tarde desta segunda-feira (dia 3), ele voltou para afirmar que não foi eleito apenas para gerir folha de pessoal.

Noutro momento, o governador defendeu seu Governo de ataques, especialmente nas áreas de Segurança e Saúde. Não citou nomes, mas alguns deputados entenderam como uma resposta ao senador Cássio Cunha Lima que, na semana passada, fez críticas à sua administração, especialmente nessas duas áreas, e sugeriu que o governador fosse mais humilde.

O ex-prefeito Veneziano abriu fogo, neste final de semana, contra o governador Ricardo Coutinho, a quem acusou de usar dinheiro público para constranger e tentar cooptar prefeitos. Durante passagem pelo Cariri, no final de semana, Veneziano disse que o governador oferece convênios, em troca de apoios ao seu projeto de reeleição.

“É lamentável, quando o governador se aproveita de muitos municípios paraibanos para constranger , fazer política e cooptar prefeitos, através de um convênio de R$ 100 mil, R$ 150 mil ou R$ 200 mil. Ele troca o apoio político por um convênio desses, num flagrante uso do dinheiro público para fazer política”, alfinetou o peemedebista.

O governador Ricardo Coutinho, até o onde o Blog pode apurar, estaria “no limite” com respeito à relação bipolar com o senador Cássio Cunha Lima. Recente entrevista concedida por Cássio, durante a Festa da Luz de Guarabira, levou o governador a comentar com assessores próximos que “essa situação não pode mais perdurar”. E teria dado, inclusive, um prazo de “duas semanas”.

Durante a entrevista, Cássio criticou as áreas de Saúde e Segurança do Governo do Estado, e disse que o governador não deveria se irritar (na verdade, “abespinhar-se”) com essas críticas, mas deveria ser humilde e admitir as dificuldades. As declarações foram dadas durante uma entrevista, na qual estava ladeado pelo prefeito Zenóbio e sua esposa, a deputada Léa Toscano.

O ex-prefeito Luciano Agra (PEN) acaba de abrir fogo contra o governador Ricardo Coutinho, tendo como mote o recente anúncio de aumento para o funcionalismo estadual, que ele considerou “uma farsa”. Agra utilizou o twitter, para detonar o socialista: “E o reajuste aviltante dos funcionários estaduais, revolta geral, vamos derrubar o déspota.”

Além do reajuste dos servidores que considerou insignificante, Agra também criticou o custo de algumas obras anunciadas pelo governador, a exemplo do Viaduto do Geisel, que na verdade está apenas no papel: “O custo astronômico de algumas obras. Vocês acreditam que a passagem em desnível do Geisel vai custar 30 milhões e o Centro de Convenções?”

O martírio do ex-senador e atual secretário de Infraestrutura do Estado, Efraim Morais, tem mais um capítulo. Segundo reportagem do jornal Estadão, o Ministério Público Federal acaba de ajuizar 14 ações contra Efraim e 50 funcionários fantasmas nomeados por ele quando 1º Secretário do Senado. Os procuradores pedem ainda a devolução de R$ 6 milhões.

A reportagem lembra ainda que, “em outubro, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 750 mil em bens de Morais, acusado de ter causado danos ao patrimônio ao deslocar, para seu gabinete, funcionários de um programa de inclusão digital do Legislativo, o Interlegis.” O secretário de Infraestrutura ainda não se manifestou sobre a iniciativa do Ministério Público.

O governador Ricardo Coutinho pode anunciar, nos próximos dias, o apoio do deputado Benjamim Maranhão, presidente do Partido da Solidariedade, ao seu projeto de reeleição. As conversações ocorreram, nessa quinta-feira (dia 30), na Granja Santana, quando RC e Benjamim estiveram reunidos por mais de uma hora.

É possível, inclusive, como parte do entendimento, que o PS também indique o próximo secretário de Agricultura. A pasta, como se sabe, está vaga, desde que Marenilson Batista pediu demissão, para disputar as eleições de outubro. Marenilson também vinha pressionado pelo PT para deixar a administração de Ricardo Coutinho.

Quando o governador Beto Richa (PSDB), do Paraná, aumentou a Reserva de Contingência para 2014 em 293% (de R$ 18,8 para R$ 55 milhões), a Imprensa e a oposição abriram fogo, levantando suspeitas de uso eleitoral dos recursos. Agora, imagina se eles soubessem que, na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho aumentou em 7.250%…

Conforme está no texto da LOA 2014, governador RC turbinou a Reserva de Contingência do Estado de R$ 2,29 milhões (em 2013) para R$ 145,5 milhões em 2014, um ano eleitoral. Foi o maior aumento para esta rubrica contábil verificado no País este ano. São recursos que o governador pode gastar, a qualquer momento, sem dar muitas explicações.

“O governador vai pegar esses R$ 145 milhões e distribuir na forma de emendas com os deputados”, diz sindicalista.

O Supremo Tribunal Federal acaba de decidir novamente contra o governador Ricardo Coutinho. Desta feita, é na ação movida pela Associação Nacional dos Procuradores (Anadep) para impedir que o governador contrate assessores jurídicos para dar parecer sobre contratos, por se tratar de competência exclusiva de procuradores. A decisão, em caráter liminar, foi dada pelo ministro Celso de Mello.

Em sua decisão, Celso pontua: “Parece não haver lugar para nomeações em comissão de pessoas, estranhas aos quadros da Advocacia de Estado, que venham a ser designadas, no âmbito do Poder Executivo, para o exercício de funções de assistência, de assessoramento e/ou de consultoria na área jurídica”. É mais um capítulo na queda de braço entre RC e os procuradores.

No último dia 25 de janeiro completou um ano daquele “acidente” do governador Ricardo Coutinho, em um avião do Estado, quando descia no Aeroclube de Campina Grande. Pois, o Blog recebeu um texto técnico, elaborado por um piloto, que levanta um questionamento “se houve mesmo o acidente do governador com o avião”.

Há várias indagações. Uma delas: “Se já se tinha notado que o avião já estava com problema desde o início da decolagem, por que não retornaram ao aeroporto de origem Castro Pinto?… Por que se o vento estava muito forte, após ter arremetido o avião não se voltou para João Pessoa?” O piloto questiona também as várias versões, algumas contraditórias dadas ao “acidente”.

É possível conferir a análise técnica na íntegra, e ainda um vídeo explicando por que o trem de pouso não poderia ter sido recolhido. Leia o texto, veja o vídeo e tire suas conclusões