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Lentidão, queda regular do sinal da Internet e prejuízo a centenas de contribuintes. É esse o quadro que o Sindifisco da Paraíba vem denunciando, há algumas semanas, quanto à situação em que se encontra o sistema utilizado pela Receita Estadual. O problema, segundo a entidade, é recorrente e apenas constata “a inoperância do Governo do Estado, que silencia sobre o assunto”.

Ainda conforme o Sindifisco, nos últimos dias, mais uma pane no sistema voltou a prejudicar centenas de contribuintes, que dependem do sistema para sua regularização tributária. Em visitas às Gerências de Fiscalização no Estado “foram constatadas as graves dificuldades dos auditores fiscais em prestar serviços eficientes à população”.

São de se estarrecer os números divulgados pelo Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco), sobre os danos causados pela corrupção no Estado. Segundo um estudo, a Paraíba perde cerca de R$ 500 milhões, ou seja, meio bilhão de reais, por ano, devido a desvios de verba pública. Com esse dinheiro daria pra construir mais de 450 escolas.

Mas ainda piora. Relatório da Polícia Federal aponta que o número de inquéritos referentes a casos de corrupção superaram os do tráfico de drogas. Sé em 2013, já foram 437 inquéritos em andamento que investigam essa prática ilegal, contra apenas 23 procedimentos instaurados relativos ai tráfico de entorpecentes.

Foram de impressionar as declarações do secretário Efraim Morais (Infraestrutura). Durante passagem pelo Sertão, Efraim foi o primeiro peso-pesado a admitir, publicamente, o risco do rompimento do senador Cássio Cunha Lima com o governador Ricardo Coutinho. Segundo Efraim, se isso ocorrer “as oposições têm chance de vencer a eleição”.

As declarações impressionam especialmente porque o ex-senador Efraim vinha se mantendo muito silencioso nos últimos tempos. Quebrar o silêncio precisamente para admitir o rompimento e, de certa forma, advertir o senador Cássio, surpreende. Sim, porque se houver rompimento, será uma ação de iniciativa do senador Cássio. O governador deseja ardentemente manter esse apoio.

O vice-prefeito Nonato Bandeira pode se ver constrangido a se recompor com o governador Ricardo Coutinho, nas eleições do próximo ano, após a decisão do Congresso Nacional do partido em Brasília. Como se sabe, ficou deliberado o apoio à candidatura do governador Eduardo Campos, do PSB, a presidente da República.

O vice-prefeito venceu longa batalha dentro do PPS, na queda de braço contra a deputada Gilma Germano, que defendia o apoio do partido à candidatura de Ricardo Coutinho. A ironia é que, a partir dessa decisão nacional, é possível que o grupo de Nonato, que venceu a disputa, entregue o comando da orientação eleitoral à deputada.

O vice-prefeito Nonato Bandeira venceu a batalha dentro do PPS, na queda de braço contra a deputada Gilma Germano, mas as definições para 2014 podem vir de Brasília, e seguir numa direção oposta à prevista. O partido realiza, neste final de semana, o seu congresso nacional para decidir por apoiar o senador Aécio Neves (PSDB)…

O que, em tese, aproxima o partido do senador Cássio Cunha Lima no Estado. Mas, há uma corrente que defende apoio à candidatura de Eduardo Campos, do PSB, o que pode levar a legenda a alinhar com o governador Ricardo Coutinho, de quem Nonato é opositor. Recentemente, Bandeira chegou a afirmar que não se compõe mais com RC.

Não será novidade se o PT da Paraíba decidir lançar candidato a governador para as eleições do próximo ano. O partido começou a avaliar essa possibilidade, após as tentativas de emplacar os nomes do chamado Blocão, com o ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), e sua irmã a deputada Daniella Ribeiro, pelo PP, além do deputado Leonardo Gadelha (PSC).

As últimas reuniões em Brasília com o ex-presidente Lula sinalizam para o partido iniciar uma avaliação sobre quem teria potencial para disputar o Governo. Os preliminarmente citados foram Lucélio Cartaxo, o deputado Anísio Maia e a ex-secretária Giucélia Figueiredo.

O petista Charlinton Machado toma posse na direção estadual do PT, com duas missões: primeiro, manter a unidade em torno do Blocão e provavelmente consolidar um candidato do partido ao Governo. Segundo, pacificar a legenda na oposição ao Governo Ricardo Coutinho, o que implica em levar petistas que ocupam cargos no Estado a deixarem seus postos.

No entendimento de Charlinton, o PSB de Ricardo Coutinho decidiu romper com a presidente Dilma Roussef e desembarcar seu projeto de reeleição, para lançar a candidatura de Eduardo Campos: “Não faz sentido o PSB ser oposição ao PT e à presidente Dilma, enquanto militantes do partido no Estado ocupam cargos no Governo do Estado. É uma incoerência.”

O Conselho Regional de Medicina acaba de confirmar, em relatório, a situação caótica do Hospital de Trauma, dez dias após o Governo Ricardo Coutinho apresentar um certificado de qualidade conferida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Certificação que, inclusive, foi questionada pelo deputado Anísio Maia, para quem foi uma “certificação fajuta comprada”.

O deputado Trócolli Júnior também ironizou o documento apresentado pelo Governo do Estado: “Pelo que pudemos observar pessoal ente, e de acordo com parecer do Ministério do Público do TCE e, agora, também do CRM, esse tal selo de qualidade só pode ter sido comprado”. O relatório do CRM deverá ser apresentado, próxima semana, no plenário da Assembleia.

Dois fatos aparentemente desconectados começam a fazer sentido envolvendo o governador Ricardo Coutinho. Primeiro foram declarações do senador Cássio Cunha Lima e do deputado Efraim Filho, com palavras diversas, mas com o mesmo sentido. Disseram que adesões (Cássio se referia a Wilson Santiago) são bem vindas, desde que respeitados os parceiros de primeira hora.

O segundo fato foi a aprovação, por unanimidade, de um voto de repúdio ao governador. Qual a conexão? Um deputado informa ao Blog que alguns colegas não estão muito felizes com as recentes adesões anunciadas pelo governador. Ainda que sejam apenas ficção e os prefeitos mudem de ideia às vésperas das eleições do próximo, como, aliás, costuma ocorrer. Vide Zé Maranhão em 2010.

Faleceu na manhã desta quinta-feira (dia 5), o professor Jáder Nunes de Oliveira, ex-reitor da Universidade Federal da Paraíba (de 1996 a 2004). Engenheiro eletricista (UFPE), com mestrado em Engenharia da Produção (PUC-RJ) Jáder comandou um dos períodos de maior crescimento da UFPB, com implantação de novos cursos.

Também inaugurou várias obras, como o Parque Ecológico da Prefeitura Universitária (em 2004). Com uma memória prodigiosa, Jáder era considerado uma das principais cabeças da UFPB. Após deixar a reitoria, passou a emprestar assessoria técnica ao Ministério da Educação. Jáder foi encontrado já sem vida em seu escritório de trabalho por sua esposa.