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Durante uma recente entrevista, o presidente do PSB, Edvaldo Rosas, além de minimizar a importância do apoio do senador Cássio Cunha Lima à reeleição do governador Ricardo Coutinho, também criticou a interferência do tucano na definição pelo comando do PPS na Paraíba: “Eu acho isso um absurdo, sou contra a intervenção de um partido em qualquer outro partido!”

A entrevista foi concedida ao repórter Fernando Brás. Como se sabe, pelo que circulou na praça política, Cássio teria interferindo junto ao presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, em favor do vice-prefeito Nonato Bandeira para ele assumir o comando do partido no Estado. Rosas mostrou-se indignado: “Eu sou contra esses golpes lá por cima!”

Indiferente ao mal-estar que vem causando ao PSB do governador Ricardo Coutinho, o PSDB segue na ofensiva de fortalecer uma eventual candidatura do senador Cássio Cunha Lima ao Governo do Estado em 2014. Nesse final de semana, por exemplo, o partido comanda a filiação de várias lideranças. É evidente o processo de enfrentamento.

Dentre as lideranças anunciadas pelos tucanos constam o ex-secretário e ex-deputado Dunga Júnior, além do ex-prefeito Carlos José, filhos do deputado Carlos Dunga, que ainda se mantém (pelo menos por enquanto no PTB). As filiações ocorrerão em Boqueirão. Também deve ingressar no partido o ex-deputado Francisco Evangelista, de Catolé do Rocha.

Na Paraíba têm sido comum líderes políticos se utilizarem de porta-vozes para mandar recados a adversários. Ou futuros adversários. Nos últimos dias, por exemplo, aliados do senador Cássio Cunha Lima vêm se esmerando em advertir o governador Ricardo Coutinho sobre eventual candidatura do tucano do Governo em 2014.

No revide, o governador escalou Edvaldo Rosas para rebater. Rosas, então, usou afiado espinho verbal para afirmar que o governador não depende do senador Cássio para se reeleger em 2014. E talvez tenha cometido a maior ingratidão dos últimos tempos. Ninguém em sã consciência nega que foi Cássio quem elegeu RC governador em 2010.

E olha que sua eleição ocorreu num momento em que Ricardo Coutinho ainda tinha uma boa imagem…

O Fórum dos Servidores do Estado decidiu comandar uma programação especial, dentro em breve, para marcar a passagem dos mil dias do Governo RC. Como se sabe, o governador também está preparando uma programação para comemorar seus mil dias, com muita propaganda e pirotecnia. Segundo Victor Hugo, presidente do Sindifisco, “os servidores também podem fazer sua programação”.

O Fórum pretende anunciar “a passagem dos mil e um contos do Governo Ricardo Coutinho”. Na ponta da língua, Victor Hugo destaca: “Um deles foi a demissão de 30 mil servidores. Outro: o uso de furadeiras no Hospital de Trauma. Mais outro: a perseguição aos médicos. Tem mais: a suspensão da PEC 300. Outro mais: o descumprimento da Lei do Subsídio do Fisco…”

Curiosa postagem de Lúcio Flávio, chefe de gabinete do governador Ricardo Coutinho, tem dado o que falar no facebook. O secretário postou uma foto, em que posa ao lado de Henri, filho do governador RC e da primeira-dama, Pâmela Bório, com uma declaração pra lá de emblemática: “Meu chefe Henri dando as diretrizes do dia!”

Lúcio Flavio, recentemente, foi transferido da secretária-executiva da Casa Civil para a Chefia de Gabinete do Governador. Uma mudança que foi interpretada com o uma promoção, afinal passou a trabalhar diretamente com o governador. A transferência ocorreu dia seguinte ao resultado de uma sindicância que apurou a denúncia da gastança na Granja Santana.

O Caso Cuiá está completando três anos. Quem não se recorda da operação de desapropriação mais rápida da história da Paraíba? Em menos de 15 dias, a Prefeitura de João Pessoa fez avaliação da Fazenda Cuiá, empenhou, pagou R$ 10,7 milhões e despertou a suspeita de que o dinheiro foi usado para financiar a campanha de Ricardo Coutinho.

Pois, passados três anos, o processo continua sem julgamento, apesar de todos os indícios apontaram ilícito. A última movimentação ocorreu em março, quando o juiz Técio Chaves determinou uma perícia contábil, para acompanhar a movimentação do dinheiro, em diversas contas bancárias. Diante de tanta demora, o Cuiá transbordou…

Uma dúvida tem permeado o debate político dos últimos: afinal, o deputado Adriano Galdino, atual secretário-chefe da Casa Civil, vai ou não ser afastado da Assembleia? A dúvida persiste porque já se vão sete dias, desde que a juíza Alexandra Varandas, de Pocinhos, anunciou publicamente a decisão do Superior Tribunal de Justiça.

Galdino foi condenado por improbidade administrativa em primeira instância, recorreu e teve seus recursos seguidamente rejeitados pelo Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça. Na semana passada, o ministro Fischer (STJ) rejeitou novo recurso, e ainda apontou que o parlamentar abusou “do poder de recorrer” pra tentar escapar da condenação.

A Câmara Federal derrubou, ontem (dia 3), um dos derradeiros entulhos da ditadura: o voto secreto em algumas votações, como foi o caso recente em que o parlamento votou pela manutenção do mandato de Natan Donadon, o deputado condenado e preso. A votação que manteve seu mandato foi um verdadeiro escárnio ao estado democrático de direito.

O fim do voto secreto acaba com a malandragem de alguns parlamentares que, de público, manifestam-se de uma forma e, no particular, de outra bem diferente. E, de certo modo, também coroa a cruzada de alguns parlamentares, como o deputado Ruy Carneiro, que vem defendendo essa bandeira, desde os tempos em que foi deputado estadual.

O deputado Gervásio Filho revelou ao Blog que deve protocolar, ainda nesta quarta-feira (dia 4), o requerimento de instalação da CPI do Jampa Digital: “Temos todos os elementos necessários para a instalação desta CPI, para aprofundarmos as investigações que foram realizadas pela Polícia Federal, a CGU e o Ministério Público Federal.”

Para protocolar o requerimento, o deputado Gervásio vai precisar de, no mínimo, 12 assinaturas: “Nós já contamos com um número suficiente de deputados que já anteciparam o interesse de subscrever o requerimento.” Após protocolar o requerimento junto à Mesa Diretora, o pedido deve ser avaliado pela procuradoria-geral da Casa para julgar sua procedência.

“Há um fato determinante evidente, que foi o superfaturamento de recursos públicos numa licitação comprovadamente fraudulenta, conforme o extenso relatório da Polícia Federal, e os recursos terminaram financiando a campanha do então candidato Ricardo Coutinho.”

Enquanto o governador Ricardo Coutinho segue mantendo em sua gestão vários auxiliares considerados ficha suja, o prefeito Luciano Cartaxo assinou, nesta terça (dia 4), decreto que institui a obrigatoriedade da ficha limpa para a ocupação de cargos no Município. Cartaxo enfatizou a necessidade de consolidar “a ética e a transparência na administração municipal”.

Como se sabe, o governador RC mantém em sua administração os secretários Carlos Antônio (Interiorização) e Adriano Galdino (Casa Civil), considerados ficha suja. Carlos chegou, inclusive, a renunciar da disputa pela prefeitura de Cajazeiras (colocou a esposa em seu lugar) em 2012, precisamente por ter sido atingido pela Lei 135, a chama Lei da Ficha Limpa.