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Dois dias após denunciar investigação da Polícia Federal sobre vendas de sentenças no TRE, o jornalista Walter Santos (WSCOM e da revista Nordeste) teve o seu apartamento arrombado com um pé de cabra. “Ninguém pode superar meu sentimento de dor profunda por estar sendo agredido nem sei por que”, lamentou o jornalista.

O arrombamento ocorreu neste domingo (dia 18), conforme relato do jornalista, que se diz decepcionado com a escalada de violência no Estado. “Seguirei meu caminho sabendo desde já toda a Sociedade que neste Estado de direito ou geográfico pessoas de bem vivem ameaçadas pela simples forma de Ser Ético”, publicou Walter Santos.

O clima esquentou na pacata e fria cidade de Guarabira. Tudo começou quando o vereador do PPS, Saulo Fernandes dos Santos (Saulo de Biu) anunciou rompimento com o prefeito Zenóbio Toscano, alegando descumprimento da palavra. Num programa de rádio, chegou a ironiza: “Um homem que usa saias não pode ter palavra.”

O parlamentar faz alusão a uma história que corre na cidade de que, no passado, Zenóbio chegou a usar um saiote, durante um carnaval em Baia da Traição. O prefeito rebateu as declarações do vereador, no estilo bateu, levou: “O que esse vereador me pediu, não poderia fazer de modo algum. Ele queria ser sócio da prefeitura e isso não admito.”

Mais uma vez a Paraíba é notícia nacional. E novamente em desfavor da imagem do Estado. Matéria veiculada pelo colunista Cláudio Humberto, que assina coluna em diversos jornais do Brasil, ironiza uma decisão do Governo Ricardo Coutinho que coloca o Estado na contramão da modernidade e condena ao atraso perante os demais estados.

Sob o título “Teu nome é atraso”, Cláudio Humberto registra: “O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), corre para o abraço com o atraso: proibiu máquinas portáteis de cartão de crédito. Nos restaurantes, a partir do dia 1º, contas só serão pagas no balcão, para “evitar fraudes”. Em vez de qualificar a fiscalização, ele pune o cidadão.”

Pelo menos uma boa notícia em tempos de tantas ruins. Um ranking divulgado pela Folha de São Paulo revela que João Pessoa é a capital que paga o quarto melhor salário do País aos seus professores. João Pessoa paga um piso de R$ 2,8 mil para docentes com 40 horas semanais, bem acima do piso nacional, que é de R$ 1.567.

Pelo ranking, a capital que paga o menor salário é Macapá (R$ 1.345,60), enquanto o maior vencimento é pago por Curitiba (R$ 3.063,40). O detalhe é que onze das 27 capitais do País não cumprem o tempo extraclasse com os seus professores, que é de um terço de sua jornada de trabalho. Mas, João Pessoa não está entre essas cidades.

O salário pago pela Prefeitura de João Pessoa é, no entanto, um contraste com o valor pago pelo Governo do Estado, que fica em R$ 1.345,18…

O vice-prefeito Nonato Bandeira, que atualmente trava uma pendenga com a deputada Gilma Germano pelo comando do PPS no Estado, tem conseguido mais sucesso em outra seara. Pelo que circula na Câmara Municipal, Nonato conseguiu formar uma bancada de pelo menos seis vereadores, que operam em sintonia com sua orientação.

A bancada seria composta por Bruno Farias (PPS), Djanilson (PPS), Marco Antônio (PPS), Professor Gabriel (PDT), Raissa Lacerda (PSD) e Raoni Mendes (PDT), um time capaz de decidir votações importantes na Casa.

O tempo literalmente voou nesses três meses, desde maio. Mas, por que será que o governador Ricardo Coutinho não deu uma palavra sequer sobre o famoso voo da primeira-dama? Pâmela Bório, como se sabe, viajou em avião do Estado (King Air), para ir a Belo Horizonte receber um prêmio como mulher destaque na área do turismo mineiro.

Justamente o governador que se apresenta aos paraibanos com bravatas e pirotecnias, recusa-se a falar de um episódio público e notório. Certamente não estaria com medo de dar sua opinião, pois, ao que se diz, ele nada teme. Nem a Justiça. Afinal, o governador Ricardo considera normal ou não o uso do avião do Estado nessa viagem da primeira-dama?

A esta altura já não é possível simplesmente colocar para baixo do tapete um fato, que foi amplamente documentado…

Em todo o mundo o fechamento dos lixões se tornou um imperativo, ante os graves problemas ambientais e de saúde pública. Em seu lugar, surgiram os chamados aterros sanitários. Mas, não foi o que aconteceu em Campina Grande. De forma surpreendente, o prefeito Romero Rodrigues fez o caminho inverso: acaba de reabrir um lixão, que havia sido fechado há quase dois anos.

Nos últimos dias, os caminhões coletores de lixo passaram a despejar os resíduos num terreno localizado a menos de 500 metros do antigo lixão, que fica nas proximidades do Conjunto Mutirão. Com a volta do lixão, também voltaram os problemas dos catadores, em sua maioria crianças, que recolhem material reciclado, e se expõe ao risco de diversas enfermidades.

Não dá pra desconhecer o gesto do governador Ricardo Coutinho em nomear Bertrand Asfora procurador-geral de Justiça. Para além dos méritos pessoais e profissionais, Betrand teve a seu favor o detalhe de ser o mais votado por sua categoria na disputa interna. Mesmo que seja obrigação de um governante nomear o mais votado, há que se louvar sua decisão.

Afinal, como se sabe, em outras disputas realizadas no passado, especialmente na gestão Cássio Cunha Lima, nem sempre o mais votado foi nomeado. Casos, por exemplo, do próprio Oswaldo Trigueiro, que está deixando a Procuradoria-Geral. Na disputa de julho de 2007, Oswaldo Trigueiro foi mais votado, porém Cássio decidiu nomear Janete Ismael.

No Hospital Senador Humberto Lucena é um trauma após outro. No início da semana, a denúncia de que o hospital vinha retendo as macas do Samu. Logo depois, sobre a falta de material para algumas cirurgias ortopédicas. Agora, a informação de que o teto da sala de imagens por ultrassom desabou e, por muito pouco, não traumatizou os funcionários.

O Conselho Regional de Medicina deve vistoriar, nas próximas horas, as instalações físicas para saber se o desabamento do teto traz riscos aos pacientes e funcionários. Mas, afinal o que acontece com o hospital, sob gestão Cruz Vermelha gaúcha, que recebe R$ 8,8 milhões mensais e não tem dinheiro para o básico? Em dois anos, já faturou perto de R$ 200 milhões.

Mesmo assim, desde que a Cruz gaúcha assumiu a gestão, acumulam-se as queixas contra o atendimento no Hospital de Trauma…

O governador Ricardo Coutinho tem se notabilizado pela força como tem usado a caneta, nessa segunda metade do seu mandato. Numa frente, pra acomodar aliados no Governo. Nenhuma novidade. Noutra, para vetar projetos aprovados na Assembleia. O último deles a concessão de meia-entrada para professores em eventos de entretenimento.

O veto deixou o autor do projeto, o deputado Gervásio Filho, injuriado. Porém, mas indignado ficaram, claro, os professores. A exemplo de um docente de Pocinhos (Marcos), que publicou uma sequência de postagens no twitter, em que revela toda a indignação dos professores contra o tratamento que a categoria vem recebendo da administração girassol.

Diz o professor: “Agora na Paraíba com o salário que nos professores recebemos não fazemos greve de fome, porque fome já passamos no dia a dia.” O jeito é comer pipoca…