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Intervenção branca

Pelo que circula em Campina Grande, o governador RC teria reaberto o diálogo com a direção da UEPB, mas com a condição de implantar uma espécie de intervenção disfarçada. RC quer assumir a gestão da universidade, para administrar a aplicação dos recursos dorvante transferidos pelo Estado.

Marlene se cala a pedido

A ex-reitora Marlene Alves, acusada por RC de gastar os recursos da UEPB na construção dos museus e não pagar o Imposto da Renda da folha de pessoal, tem preferido o silêncio. Pelo que se diz, a secretária de Cultura recebeu orientação do prefeito Romero pra não polemizar com o governador.

Mais um cisma dentro dos quartéis da Paraíba. Há poucos dias, a Comissão de Promoções da PM se reuniu para analisar os currículos e eleger a lista com quatro oficiais tenentes-coronéis para o governador RC escolher dois e promover a coronéis. Mas, sobreveio um impasse quando a lista chegou ao Comando da Polícia Militar.

A informação é que o governador não gostou da relação, por não constar o nome do tenente-coronel Paulo Sérgio, comandante da BPTran, e nome de sua predileção.

Líder nega cisma

Coube ao líder do Governo, deputado Hervázio Bezerra, vir a público negar estremecimentos na relação entre o governador RC e o senador Cássio Cunha Lima, por causa de boatos sobre pretensa candidatura do tucano: “O governador não acredita que o senador irá para uma carreira-solo.”

O beicinho de Dunga

Setores do Governo RC não entendem o “beicinho que o deputado Dunga vem fazendo”. Dunga tem se queixado que o governador vem dando mais atenções ao prefeito João Paulo (Boqueirão), seu adversário, do que para ele, “seu aliado”: “O governador não pode deixar de tratar bem um prefeito aliado.”

O governador Ricardo Coutinho não resistiu à pressão dos policiais e recuou. Primeiro, as esposas dos PMs promoveram um protesto puxado a vaias em Itabaiana, durante uma plenária do Orçamento Democrático. Foi um alerta. Depois, as entidades da Polícia Militar anunciaram ação judicial para obrigar o Governo a conceder a promoção de mil soldados e cabos.

Os praças já tinham cumprindo os dez anos de permanência nas atuais funções, além de se submeterem ao curso de formação, como prevê a legislação, mas o governador vinha se negando a conceder o benefício, desde o ano passado. “Nós estávamos com a documentação preparada para ir à Justiça”, revelou o coronel Francisco, presidente do Clube dos Oficiais.

O governador Ricardo Coutinho começa a perder o receio de criticar a gestão do ex Cássio Cunha Lima. Durante plenária do Orçamento Democrático, no final de semana, em Guarabira, RC bateu duro na administração da UEPB, sob direção da ex-reitora Marlene Alves e, por tabela, no Governo Cássio: “Pegaram o dinheiro da universidade para fazer dois museus.”

Segundo Ricardo Coutinho, o dinheiro deveria ter sido aplicado em atividades fins, “que é a formação de recursos humanos… não investiram nada nos campi da UEPB”. E acrescentou para a assistência: “Eu adoro museu, mas, amigo velho, bote lá primeiro uma carteira, uma sala de aula, para que o professor dê uma aula para que o estudante possa estudar.”

O senador Cássio Cunha Lima tem se especializado, nos últimos tempos, em mandar mensagens aparentemente cifradas para o governador Ricardo Coutinho. Apesar de defender, em todas as suas entrevistas, a aliança do PSDB com o PSB, Cássio não tem se furtado de pontuar algumas posições, que têm incomodado ao governador.

Nos últimos dias, porém, Cássio aprofundou o discurso e tem admitido em todas as suas entrevistas que a aliança do PSDB com o PSB está vinculada à indicação dos candidatos a vice-governador e ao Senado.

Mas, percebe-se que o governador tem feito ouvidos de mercador às declarações do senador tucano, e não tem confirmado, pelo menos publicamente, que está reservada a Cássio a prerrogativa de indicar os dois candidatos em sua chapa de reeleição.

Surpreendente a postagem do juiz Josivaldo Félix, cobrando do Governo do Estado, através da Cehap, a construção de um condomínio fechado para os policiais militares. O magistrado se soma a outras tantas autoridades do Estado preocupadas com a situação porque passam os policiais na Paraíba, inclusive com as promoções suspensas pelo governador Ricardo Coutinho.

O juiz defende a construção do conjunto, como uma forma de minimizar os problemas dos policiais, com salários defasados e sendo obrigados a morar em locais insalubres, muitas vezes próximos de onde circulam os bandidos. Situação que, obviamente, põe em risco não só a vida do policial, como especialmente de sua família.

O prefeito Luciano Cartaxo deve anunciar, nas próximas horas, a nomeação do ex-deputado Inaldo Leitão na Secretaria de Articulação Governamental, para substituir o sociólogo Geraldo Bandeira Accioly, que pediu demissão na semana passada. Seu papel será fazer o trabalho de interlocução junto ao Governo Dilma, em Brasília.

Inaldo, que é filiado ao PP do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), já havia tido o nome lembrado para a mesma secretaria, no final do ano passado, quando Cartaxo começou a montar sua equipe. Na oportunidade, o PT decidiu indicar Geraldo Accioly. Há poucos dias, o sociólogo pediu demissão do cargo, alegando problemas pessoais.

Cartaxo se encontrou, há poucos dias, com Inaldo Leitão e formulou o convite para assumir a Secretaria.

Há poucos dias, o Ministério do Trabalho divulgou o ranking nacional da geração (ou perda) de empregos por Estado. E a Paraíba, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) publicados pela Revista Exame, perdeu 9.030 empregos nos primeiros meses de 2013, e ficou como o 3º pior desempenho do País.

O governador Ricardo Coutinho não comentou o assunto, mas o ex-prefeito Veneziano, sim, e criticou o desempenho da economia sob direção girassol: “Isto é fruto da total e completa falta de uma política por parte do governo estadual voltada para a atração de novos investimentos. Lamentável para um Governo que prometia fazer 40 em quatro anos.”

O peemedebista também lamentou que a cidade de Campina Grande tivesse colaborado, decisivamente para esse desempenho negativo.

Pelo andar da carruagem, Pombal vai promover a primeira prévia da disputa entre o governador Ricardo Coutinho, o senador Cássio Cunha Lima e o prefeito Veneziano, depois que Tribunal Superior Eleitoral negou os embargos de declaração interpostos pela prefeita Polyana Feitosa. Com isso, o TRE deve convocar novas eleições na cidade.

Não há data definida para a nova eleição, mas a disputa deve colocar, de um lado, o governador RC e o senador Cássio que apoiaram Polyana, na eleição de 2012, e, do outro, o prefeito Veneziano, que apoiou Mayenne Van. Se esse cenário se confirmar, então poderá ser o primeiro teste para a disputa de 2014, entre Veneziano e Ricardo.