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Confesso, meu caro Paiakan, que não acreditava que o prefeito Luciano Cartaxo pudesse cumprir essa promessa de campanha. Julguei ter sido algo eminentemente eleitoreiro, pela extensão de seus efeitos e, sobretudo, pelo custo envolvido na operação. Não tem sido muito comum governantes cumprirem promessas de campanha, como bem sabemos.

Mas, pelo menos em relação ao prefeito Cartaxo, e nesse assunto em particular, me enganei e considero a instituição do passe livre estudantil a principal notícia do prefeito em seus 100 dias de gestão. É um investimento importante em educação e vai aliviar o bolso dos pais de 65 mil alunos. Revela uma sensibilidade com a educação rara por essas latitudes.

Claro que o governador Ricardo Coutinho aceita o apoio, mas não tem seu respeito. De todos os deputados que se afastaram do Governo para ingressar no PEN de Ricardo Marcelo, Edmilson Soares era o único que não podia reclamar. Era “bem tratado” pelo Governo e até mantinha um filho (Tanilson) como diretor da Rádio Tabajara.

Mesmo assim, rompeu e afastou-se. Agora, está de volta placidamente. Bem se vê que é um deputado indo e voltando. No seu caso, se era para reconciliar, melhor teria sido não romper. Porque ficou o mau cheiro no ar de negociação escusa.

Por que a menina Fernanda Ellen? Se não fosse Fernanda, seria uma Maria, uma Patrícia, ou outra menina qualquer? Provavelmente seria. Não estava na sina de Fernanda. Estava na maldade do assassino. São visíveis os sinais de sua bestialidade. Fernanda provavelmente foi a escolhida para a imolação por ter cruzado o seu caminho.

E quantos satanases como esse não estarão bem ao nosso lado, transvestidos de humanos? Quantos deles não cruzam, impavidamente, nossos caminhos todos os dias e nos olham com o instinto do mal? Então, o que fazer para evitar que outras Fernandas sucumbam sob o peso dessa monstruosidade? Difícil saber. Talvez ninguém tenha a resposta.

Por que a menina Fernanda? Onze anos apenas viveu…

A Mesa da Assembleia acaba determinar o arquivamento de quatro CPIs, que foram protocoladas por deputados governistas: Léa Toscano (Tráfico de Pessoas), Iraê Lucena (Violência Contra a Mulher), João Gonçalves (Telefonia Móvel) e Hervázio Bezerra (Planos de Saúde). O arquivamento foi baseado em parecer da Procuradoria-Geral da Casa.

A justificativa para o arquivamento foi basicamente a ausência de um fato determinante e a falta de competência da Casa para apurar denúncias de âmbito nacional. Havia também a suspeita de que os pedidos da CPIs dos governistas tinham como objetivo impedir a CPI da Gastança na Granja, protocolado pelo deputado Janduhy Carneiro.

Pelo Regimento Interno, a Casa não pode instalar mais de três CPIs simultaneamente.

A carta está datada de 26 de abril de 2011. Ou seja, há dois anos. Foi precisamente esse o período em que o governador Ricardo Coutinho teve para tomar uma providência, após alertado por uma correspondência, com relato das traquinagens sendo praticadas na compra carteiras escolas sem licitação, sobrepreço e outras fraudes, segundo constatou o Ministério Público no mês passado.

Mas, mesmo alertado, o governador não tomou qualquer providência. Em sua correspondência a RC, o empresário Rodolfo Pinheiro alertava para ocorrência das fraudes: “Antes que essas denúncias se tornem públicas, venho lhe pedir para mostrar os documentos que estão em meu poder, para o senhor dar atenção que o caso merece.” Mas, RC nunca recebeu o empresário.

Confira a carta do empresário na íntegra…

Um assalto à agência do Bradesco, na Duque de Caxias, transformou em purgatório o centro de João Pessoa. Mas, o detalhe foi a revelação feita por um funcionário do banco ao Blog: “A Polícia só chegou ao local 40 minutos depois, quando os bandidos já tinham ido embora, e até mesmo as equipes de TVs já havia feito as suas reportagens.”

Segundo ele, “a Polícia chegou apenas para fazer o registro da ocorrência, porque, naquela hora, os bandidos já estavam longe”. Lembra o funcionário que o Comando da PM não fica a “mais de 500 metros da agência do banco, e menos de 200 metros do Palácio da Redenção, onde certamente o governador (Ricardo Coutinho) estava naquele momento”.

Essa foi a 37ª ocorrência verificada na Paraíba, nos primeiros três meses (e oito dias) do ano, sendo 14 explosões, nove arrombamentos, sete assaltos e sete tentativas. Durante todo o ano passado, que já foi violento, registraram-se 63 ocorrências contra bancos.

Integração de Santiago

Comentário do ex-prefeito Veneziano, ante a “alegria” de Wilson Santiago na festa de aniversário do secretário Ricardo Barbosa (PAC): “Não me espanto com a velocidade como Santiago mudou de postura. Dá pra ver como o ex-senador Santiago já está perfeitamente integrado onde sempre quis estar…”

Razão para deixar o PMDB

Arremate do peemedebista: “Na verdade, agora fica claro que Wilson (Santiago) não deixou o PMDB por problemas de relacionamento interno, como chegou a alegar pra justificar sua decisão. Na verdade, ele queria se filiar a uma legenda onde pudesse ter a liberdade de se relacionar com o governador…”

Ausência de Cássio

Três fatos chamaram a atenção da praça na festa de aniversário do secretário Ricardo Barbosa (PAC e Suplan), no final de semana. O mais emblemático foi a ausência do senador Cássio Cunha Lima. Dizem que ele não tem andado feliz com recentes declarações de Barbosa…

Presença de Santiago

Mas, a ausência de Cássio foi amplamente compensada pela presença de Wilson Santiago (pai e filho). Santiago, empresário bem sucedido, já colou no superintendente da Suplan. E aproveitou o evento para construir algumas pontes com prefeitos presentes…

Enquanto tocava violão…

Mas, o que realmente chamou a atenção foi uma conversa pé de ouvido de RC com Barbosa. Um conviva jura ter escutado Coutinho dizer: “Você não tem juízo, não, Ricardo? Enquanto você toca violão, Santiago aproveita pra conversar com os seus prefeitos…”

“Para que Campina Grande precisa de um prefeito, se estão entregando toda gestão a organizações sociais, com este projeto de pactuação?” A indagação é da deputada Nilda Gondim, indignada com o projeto do prefeito Romero Rodrigues de terceirizar a Saúde e que deverá se estender a outras áreas: “Romero copia o que é de pior do governador Ricardo Coutinho!”

O projeto foi aprovado, há poucos dias, pela Câmara de Campina Grande. “Tudo o que o prefeito Veneziano levou oito anos para construir, o atual prefeito está destruindo. Com essa pactuação, ele vai entregar a administração a ONGs, que nomeiam os funcionários como bem querem, passando por cima dos servidores efetivos”, acrescentou a deputada.

O ex-prefeito Luciano Agra confirmou, durante passagem por Esperança, no final de semana, que é pré-candidato para 2014, de oposição contra o atual Governo “absolutista”. Além de Esperança, Agra também esteve em Ingá, onde, segundo ele, passou parte de sua infância, e pretende dar início à sua caminhada rumo às eleições do próximo ano.

Agra também aproveitou para lamentar a situação de precariedade porque passam os paraibanos localizados nas áreas atingidas pela seca: “Foi uma tragédia anunciada. Faltou planejamento do governo do Estado para este problema sério, que mata pessoas e animais e destrói sonhos. As ações que estão sendo feitas não chegam na porta das casas dos paraibanos.”