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Reviravolta na disputa pela liderança do PMDB na Assembleia. Há poucos dias, houve uma prévia em que os deputados Márcio Roberto, Iraê Lucena e Trócolli Júnior votaram pela recondução de Gervásio Filho. O problema foi a declaração dada por Márcio de que vota em Gervásio, atendendo a um pedido de setores do Governo Ricardo Coutinho.

A declaração fez acender uma luz amarela na direção do PMDB. Um líder peemedebista chegou a comentar com o Blog: “Quer dizer que o governador quer ter dois líderes na Assembleia, o dele e o da oposição entre aspas?” Então, o partido decidiu que o voto de Iraê não tem validade, uma vez que a deputada é assumidamente governista.

O deputado Anísio Maia considerou injustas a declarações do deputado e pastos Jutahy Meneses, ao afirmar que seu partido, o PRB, não tem os espaços que merece na administração do prefeito Luciano Cartaxo: “Ora, o deputado indicou o secretário (Sérgio Meira) de Esportes, e tem vários outros espaços na administração.”

Jutahy, inclusive, teria feito a afirmação para admitir que tem recebido do governador Ricardo Coutinho mais atenções do que o prefeito Cartaxo. Como se sabe, o pastor Jutahy decidiu aderir à bancada de sustentação do Governo na Assembleia. Anísio estranha: “Isso não procede. Nós temos sido muito corretos com o deputado e seu partido.”

O prefeito Romero Rodrigues fez jus ao seu perfil de ser uma pessoa cordata. Na manhã desta sexta (dia 22), ele admitiu ter sido influenciado ao afirmar que o ex-prefeito Veneziano nomeou um “bocado de ladrões” em sua administração. Nos últimos dias, Romero recebeu um verdadeiro bombardeio por causa de suas declarações.

Ela afirmou, durante entrevista em Campina, visivelmente abalado com toda a repercussão: “Peço desculpas a todos os ex-auxiliares da administração anterior pela forma como foi colocada aquela frase, que destoa, inclusive, do meu próprio perfil, e se ela for colocada fora do contexto, não dá para fazer a distinção. Peço desculpas.”

Só se fala nisso

Dentro dos quartéis o assunto é o tal dossiê da ouvidora da Polícia, Valdênia Lanfranchi, que traz denúncias da pesada contra alguns oficiais. Ela entregou uma cópia ao governador RC de quem aguarda providências. Há enriquecimento ilícito e outras traquinagens…

Algo em comum

O deputado Márcio Roberto tem dito a alguns interlocutores que setores do Governo RC pediram pra ele votar em seu colega Gervásio Filho na disputa pela liderança do PMDB. Se for verdade, pelo menos alguma coisa os dois têm em comum…

Constrangimento na tarde desta quinta-feira (dia 21), durante assinatura de um termo de cooperação técnica entre o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão e a presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti. O que era pra ser uma solenidade formal no TJ acabou se transformando em palanque pelo governador Ricardo Coutinho.

Enquanto a desembargadora Fátima e o ministro Falcão falaram poucos minutos, o governador fez um discurso político de quase meia hora, em que contestou números que o Ministério da Justiça divulgou sobre a violência na Paraíba, repercutidos pela mídia nacional. Ele chegou a dizer que a Paraíba era o Estado que mais reduziu a criminalidade, em dois anos.

O senador Cássio Cunha Lima protagonizou dois entreveros com senadores do PT, no Congresso, um deles o também paraibano Lindbergh Farias (RJ). O outro foi o senador Wellington Dias (PI), a quem ironizou afirmando que ficou apenas em terceiro, na disputa eleitoral de 2010, mesmo tendo sido governador do Estado.

Tudo começou quando Lindbergh foi escolhido para rebater o senador Aécio Neves (MG), que apontou 13 fracassos do PT. Lindbergh disse que Aécio fez longa peroração, mas não citou uma única vez palavras como “povo”, “pessoas”, “gente”, “emprego”, “miséria”, nem “mais de 40 milhões de brasileiros que entraram na classe média”.

Comentários que circulam nos bastidores da Assembleia indicam que setores do Governo RC estariam operando para tentar manter o deputado Genival Matias (PTdoB) na Casa. Uma ação que, pelo menos em tese, impede a posse de Carlos Dunga (PTB). E Dunga imagina que já deveria ter assumido a vaga na Assembleia.

“Eu só me queixo porque já perdi dois anos de um mandato legitimamente conquistado nas urnas, por vontade das pessoas que me confiaram seu voto”, lamenta Dunga. Com a saída de Genival, o Governo RC perde um voto na Assembleia. Dunga não adiantou em que bancada irá se situar uma vez empossado deputado.

O dízimo e o milagre

O deputado Jutahy Meneses tem se queixado, nos bastidores, que seu partido, o PRB, não tem os espaços que merecia na administração do prefeito Luciano Cartaxo. Quem sabe se Cartaxo aumentar o dízimo, não aumenta também o milagre…

O milagre e o dízimo

Jutahy tem, inclusive, utilizado esse evangelho de desprestígio junto ao prefeito Luciano Cartaxo para justificar, na Assembleia, a sua adesão ao governador Ricardo Coutinho. Talvez RC tenha outra catequese a respeito de dízimo…

mais…

A essa altura do campeonato, é impossível não imaginar uma aproximação política do deputado Gervásio Filho com o governador Ricardo Coutinho. Primeiro, porque o deputado anda, deliberadamente ou não, insatisfeito com o PMDB. Segundo, tem vários de seus aliados no Governo RC. Por último, é evidente que interessa ao governador fragmentar o partido.

Depois de mais um evento ao lado do governador (em Belém de Brejo do Cruz), e alguns encontros com prefeitos, Gervásio negou aproximação com RC, e reafirmou, esta manhã (dia 21), que não pretende deixar o PMDB. Mas, deixou nas entrelinhas que não encara o governador como inimigo. Declaração emblemática de quem pretende ser líder da oposição

O deputado Manuel Júnior decide solicitar intervenção federal na Segurança Pública da Paraíba, após a veiculação dos índices de violência no Estado, com base em dados dos Ministérios da Justiça e da Saúde e organismos internacionais: “O Governo do Estado já mostrou que não tem competência para conter a escalada de violência na Paraíba.”

Segundo Júnior, “o cidadão, que vive amedrontado e refém da bandidagem, não pode ficar à mercê de um governo que se revelou absolutamente incapaz de oferecer o mínimo de segurança à população”. E lembrou que, recentemente, um promotor revelou à Imprensa, que, “dois anos depois, o Governo ainda não tem um plano de Segurança”.