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Poucas vezes se viu na Paraíba uma eleição que se inicia com tantas manobras de bastidores e pendengas partidárias. A última delas envolve o PTN do deputado Toinho do Sopão. Após o partido ter homologado, em convenção, aliança com o PSDB do senador Cícero Lucena, eis que a direção nacional intervém e leva o partido para uma coligação com o PSB.

Mas, atingiu o PT de Campina, o PSC de João Pessoa e até a candidatura do veredor Bira no PSB.

O governador Ricardo Coutinho realmente não deixa os seus amigos desamparados, e que sabe fazer uso da caneta. O Diário Oficial desta quarta (dia 4) traz a nomeação de dois de seus aliados mais caros que, até bem pouco tempo faziam parte da gestão do prefeito Luciano Agra, e foram demitidos.

Lau Siqueira e Laura Farias. Lau foi nomeado o novo secretário executivo da pasta de Desenvolvimento Humano, Laura foi contemplada com a Superintendência de Administração da Sudema.

Impressiona a agressividade como o PT tem se comportado, nos últimos tempos, para formatar as suas alianças na Paraíba. Salvo melhor juízo, o partido tem literalmente tratorado adversários para impor sua determinação de formar coligações até bem pouco tempo impensáveis.

Basta reparar como o partido impôs, a partir de Brasília, a aliança com o PP em Campina Grande e com o PSC, em João Pessoa. Pode ser inspirado no exemplo dado pelo ex-presidente Lula, que protagonizou uma das cenas mais degradantes desse início de campanha, ao posar nos jardins da casa do deputado Paulo Maluf, em busca do apoio do seu partido, o PP, para seu candidato Fernando Haddad.

O vereador Bira revelou, esta manhã, toda a sua indignação após descobrir que não teria legenda para disputar a reeleição. Dizendo-se vítima de perseguição, o parlamentar desabafou: “Esse é o troco que estão me dando por ter defendido o projeto, desde o início, quando muitos ainda nem estavam conosco, e hoje se apresentam como leais.”

Bira avisou que está recorrendo à Justiça Eleitoral para reaquirir o direito de disputar a reeleição.

O CRM (Conselho Regional de Medicina) decidiu interditar eticamente o Hospital Regional de Patos, após identificar a falta de médicos e problemas que inviabilizam o atendimento aos pacientes. Segundo informações passadas ao Blog, os médicos estão se recusando a dobrar seus plantões, porque o Governo do Estado se nega a implantar a isonomia com os colegas de Campina Grande e João Pessoa.

Segundo o Conselho, a interdição ética “acontece quando o CRM impede os médicos de atuarem no hospital e, neste caso, o motivo é a falta de condições mínimas para o exercício da medicina, como falta de médicos na escala de plantão, deficiências na estrutura física e superlotação”.

Durante a convenção do PSB, no final de semana, o governador Ricardo Coutinho distribuiu petardos contra os candidatos José Maranhão, Cícero Lucena e Luciano Cartaxo, mas foi particularmente ácido com os ex-aliados, a quem se se referiu como “traíras”. Foi claramente uma referência ao prefeito Luciano Agra, o ex-secretário Nonato Bandeira e o vereador Bira.

Num certo trecho de seu discurso, ele afirmou com irritação: “Nós não precisamos de traíras. Aqueles que traíram o nosso projeto.”

O prefeito Luciano Agra contestou, via twitter, iniciativa do PSB do governador Ricardo Coutinho de negar legenda ao vereador Bira para que ele dispute a reeleição. Segundo Agra, trata-se de um processo de inquisição contra o parlamentar, pelo fato dele ter defendido a volta de sua candidatura à reeleição.

“Solidário com o vereador Bira diante da “Inquisição” em vigor no PSB”, tuitou Agra.

Mais um capítulo na queda de braço no PT de Campina Grande, entre defensores da candidatura própria e os que advogam a aliança com o PP da deputada Daniela Ribeiro. Integrantes da direção municipal, que optam pela candidatura própria registraram, junto ao TRE, a ata da convenção partidária realizada sábado (dia 30), que homologou a candidatura de Alexandre Almeida.

A direção nacional do partido contesta a convenção que homologou Almeida e insiste que o PT está coligado com o PP da deputada Daniela Ribeiro.

Mais um capítulo na encrenca do PSC. Depois que o presidente estadual, Marcondes Gadelha, convocou a Imprensa para anunciar a aliança com o PT, o presidente do TRE, desembargador Marcos Cavalcanti, afirmou, para o portal Wscom, que, na pendenga interna do partido, o que vale é a ata da convenção que foi registrada no Tribunal pelo diretório municipal.

E ata foi pela coligalção com o PSDB, com o PSC indicando o médico Ítalo Kumamoto para vice do senador Cícero Lucena.

Manhã de segunda-feira fria, temperatura máxima no arraial do PSC. Ao mesmo tempo em que o ex-deputado Marcondes Gadelha, presidente estadual do partido, anunciava aliança do seu partido com o PT, o senador Cícero Lucena confirmava, em outro ponto da cidade, o médico Ítalo Kumamoto como seu candidato a vice.

A confusão deve parar na Justiça, depois que o diretório municipal já anunciou ter registrado, junto ao TRE, a aliança com Cícero, indicando o médico Kumamoto na vice.