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O deputado Vituriano de Abreu, relator dom pedido de empréstimo de R$ 150 milhões solicitado pelo Governo Ricardo Coutinho para socorrer a Cagepa, desconfia que o dinheiro pode ser usado com fins eleitorais: “Ora, nós sabemos como a Cagepa já foi usada para interferir em processos eleitorais aqui na Paraíba. Isso não é nenhuma novidade. Então, é preciso ter cuidado com essa matéria.”

O projeto de lei, conforme denúncia do ex-governador Zé Maranhão, não vincula o dinheiro do empréstimo para pagamento dos bancos privados: “O governador pode usar o dinheiro em qualquer outra coisa.”

Eu gostaria muito de ter acreditado no Governo Ricardo Coutinho, quando anunciou, há poucos dias, que estava conseguindo reduzir os índices de violência na Paraíba. Anúncio que foi imediatamente desmentido por uma escalada de criminalidade nunca vista. Horas depois, pessoas foram retalhadas, outras chacinadas e nunca se assaltou tanto em João Pessoa. Um visão apocalíptica.

O Estado chega a ser mais violento do que o Iraque, conforme dados levantados pelo deputado Janduhy Carneiro. Pena que a “primavera árabe”, que chegou ao Oriente, não tenha se estendido à Paraíba…

Muito curioso o fato registrado, há poucos dias, no âmbito da CPI do Cachoeira, quando houve um pequeno entrevero envolvendo os dois senadores paraibanos, Vital Filho e Cássio Cunha Lima.

Tudo teria começado quando o senador tucano questionou uma decisão do presidente da CPI, sobre a realização de uma sessão secreta. Cássio contestou, Vital revidou.

Não é por nada, não, meu caro Paiakan, mas começo a suspeitar que essa história do Grupo Caoa anunciar uma fábrica de automóveis na Paraíba está cheirando a blefe. É até possível que se tenha prometido ao senador Cássio Cunha Lima lutar pelo empreendimento.

Mas, se for um blefe, será o maior do mundo.

Não foi apenas a ausência do vereador Bira e dos secretários Alexandre Urquiza (Transparência) e Roseana Meira (Saúde), que chamou atenção no café da manhã desta quarta (dia 13), quando o prefeito Luciano Agra lançou a programação dos festejos juninos de João Pessoa. Também foram surpreendentes as declarações de Agra, após os arroubos ocorridos no congresso do PSB, quando admitiu deixar o partido.

O prefeito revelou, entre outros, ter tido uma conversa com o governador Ricardo Coutinho, antes de sua viagem à Espanha, e abriu o jogo: “Temos uma amizade de 30 anos.” Também negou que vá apoiar Nonato Bandeira, do PPS: “Eu sou do PSB.”

Coube à vereadora Sandra Marrocos mandar um recado aos dissidentes do PSB, dentre os quais o seu colega de bancada, o vereador Bira, e aos secretários Alexandre Urquiza (Transparência) e Roseana Meira (Saúde), além do prefeito Luciano Agra: “Quem não estiver satisfeito com o PSB, depois do último congresso que procure outro partido!”

No arremate, a vereadora foi ainda mais ferina: “O mandato não é deles (Bira e Agra), mas do partido.

O Sindicato dos Servidores do Ipep (Sinsipep) protocolou, junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba, pedido de suspeição e impedimento do juiz Aluízio Bezerra Filho (6ª Vara da Fazenda), no processo que trata da pendenga entre os servidores do antigo Ipep e o Governo Ricardo Coutinho.

É de conhecimento público que os servidores cobram o pagamento de benefícios salários conquistados na Justiça, desde o Governo Cássio Cunha Lima, que foram pagos no Governo José Maranhão, mas suspensos por RC, desde janeiro de 2011. A ação é assinada por Tania Maria Bezerra da Costa, presidente do sindicato.

O dia seguinte do congresso do PSB, que registrou a vitória de Estelizabel Bezerra sobre o prefeito Luciano Agra, trouxe uma péssima notícia para o vereador Bira. Ele foi atingido pelo pós-operatório com a demissão de pelo menos 21 prestadores de serviço, que, pretensamente, tinham sido nomeados por sua indicação no Hospital Arlinda Marques

O vereador adotou o silêncio como resposta, na manhã desta quarta (dia 12). Bira não tem atendido nem celular.

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas, revelou esta manhã (dia 12) ao Blog, que “o Tribunal Superior do Trabalho já foi cientificado de todas essas demissões ocorridas na Maternidade de Patos, depois da terceirização com o Instituto Fibra, e também de outros fatos envolvendo a terceirização de outras unidades hospitalares do Estado”.

Segundo Varandas, o TST deverá, inclusive, levar ao julgamento do Pleno recente decisão unânime do TRT, que proibiu o Governo RC de terceirizar serviços da área de saúde.

O Governo Ricardo Coutinho segue sua cartilha de perseguição a servidores. A última delas foi fruto da terceirização da Maternidade Dr. Peregrino Filho com o instituto paulista Fibra. O primeiro efeito foi a demissão de 24 funcionários, em sua maioria enfermeiras, muitas com vários anos de serviço.

As demissões revoltaram a população.