CHANTAGEM NO TCE Ricardo Coutinho contratou dossiês contra conselheiros, familiares e até crianças para forçar aprovação de suas contas, segundo Gaeco
O Tribunal de Contas do Estado decidiu à unanimidade, na semana passada, reprovar as contas de 2016 do ex-governador Ricardo Coutinho. O assunto teve grande repercussão, mas o que pouco se comentou foi o fato de que, no âmbito da Operação Calvário 8, o ex-governador chegou a tentar intimidar conselheiros para aprovação de suas contas.
Seguinte: em março de 2020, o Gaeco denunciou Ricardo Coutinho por um suposto esquema de contratação de dossiês para investigar conselheiros do TCE, seus familiares visando coagir e aprovar as matérias de interesses do governo. A denúncia da arapongagem tornou o ex-governador réu em ação penal, que tramita na 1ª Vara Criminal.
Segundo denúncia do Ministério Público, “dossiês foram solicitados por Ricardo (Coutinho) e Waldson (de Sousa) para levantar a vida de alguns conselheiros (resistentes ao assédio) e auditores do TCE, de forma a reverter o quadro de dificuldades”. Até crianças constavam no dossiê, segundo apurou a força-tarefa.
TRECHO DA DENÚNCIA…
Os dossiês, conforme consta de denúncia do Gaeco seriam usados como objeto de chantagem para facilitar a aprovação de contas do governo com organizações sociais. O ex-governador teria contratado a empresa TrueSafety para realizar a arapongagem ao custo de R$ 23 mil.
De acordo com o Gaeco, as investigações sobre os conselheiros e auditores do TCE, para obtenção de informações pessoais e de familiares tinham “o propósito de, no momento adequado, utilizá-las em desfavor dos agentes, constrangendo-os a não obstacularem a atuação da Orcrim, de forma a evitar ou retardar a atuação do órgão de controle sobre a gestão da saúde, por meio da CV (Cruz Vermelha)”.
A informação foi confirmada pelo lobista Daniel Gomes da Silva, em delação ao Gaeco (mais em http://bit.ly/2Q6CWQ5).
TRECHO DA DENÚNCIA…