CHEFÃO ESTÁ FORAGIDO Rombo causado pela Braiscompany pode passar de R$ 600 milhões contra 10 mil investidores
O escândalo da Braiscompany, que tem Campina Grande como epicentro, ganhou repercussão nacional e, de acordo com especialistas o rombo contra 10 mil supostos investidores pode chegar a R$ 600 milhões.
O esquema da Braiscompany consistiu, basicamente, em alugar bitcoins dos clientes, que ficavam presos contratualmente em carteira gerida pela empresa, em troca de rendimentos mensais de 8% a 10%. Só que, desde dezembro do ano passado, os rendimentos não foram mais pagos.
Os rumores sobre o alto retorno financeiro oferecido pela empresa, fundada em 2018, em Campina Grande, atraíram investidores de todo o País, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo, onde, inclusive, a Braiscompany instalou uma filial, no centro comercial mais valorizado, na Brigadeiro Faria Lima (imagem acima).
A filial foi lacrada pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Halving. Investigações mostraram ainda que, dias antes de eclosão do escândalo, Antônio Ais se desfez de uma mansão em São Paulo, além de um jatinho particular, com preços abaixo do mercado. O que denotaria a intenção de se evadir.
Halving – Nessa quinta (16/02), a Polícia Federal deflagou a Operação Halving, após denúncia de várias pessoas que se diziam lesadas pelo esquema. O próprio Antônio Neto Ais, proprietário da Braiscompany, revelou ter movimentado mais de R$ 1,5 bilhão, em quatro anos.
Na operação, policiais federais cumpriram mandados em endereços dos proprietários, em Campina Grande, João Pessoa e até São Paulo. Dentre os alvos, Antônio Inácio da Silva Neto, Antônio Neto Ais (iniciais do nome), fundador da empresa. Não encontrados, eles foram considerados foragidos.
Especialistas concluem que Antônio Ais usava, de forma disfarçada, o esquema de pirâmide, que é considerado crime no País.