Chica Mota e mais dois prefeitos são afastados em mais uma operação do MPF, CGU e Polícia Federal
Tempestade tropical para os prefeitos das cidades de Patos (Chica Mota), Emas (José William Segundo Madruga) e São José de Espinharas (Renê Caroca), após a deflagração de mais uma operação do Ministério Público Federal, CGU (Controladoria Geral da República) e Polícia Federal. Os prefeitos são acusados de fraudes em licitações e contratos públicos.
A Operação Veiculação foi deflagrada, nas primeiras horas desta sexta (dia 9), para “apurar irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial ao direcionamento de procedimentos licitatórios e superfaturamento de contratos, em razão de serviços de locação de veículos, realizados pelas prefeituras municipais de Patos, Emas e São José de Espinharas”, conforme o site do MPF.
Também no âmbito da Operação, os três prefeitos foram cautelarmente afastados, inclusive dois deles presos temporariamente (Renê Caroca e Segundo Madruga), além de Ilanna Motta, chefe de gabinete da Prefeitura de Patos: “As câmaras municipais serão oficiadas da decisão, para dar posse aos substitutos legais.” Um mandado de prisão preventiva contra a chefe de gabinete também foi cumprido.
Ao todo, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, cinco de prisão e afastamentos de funções públicas de sete envolvidos, sendo quatro secretários municipais, além dos três prefeitos. “Todos os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). As fraudes envolvem mais de R$ 11 milhões em recursos aplicados em ações dos Programas de Transporte Escolar (PNATE), Fundeb, Pró-Jovem Trabalhador e Bloco de Média e Alta Complexidade (Saúde)”
Mandados – Os mandados estão sendo cumpridos nas prefeituras de Patos, Emas e São José de Espinharas, na sede de uma empresa localizada em Recife (dois mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão), nas residências de seis investigados (agentes públicos e empresários) em Recife, João Pessoa, Cabedelo e Patos.
“Os investigados deverão responder pelos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, entre outros”, diz em nota o MPF. Participam da Operação 60 policiais federais, 11 auditores da CGU, um procurador regional da República e um procurador da República.
É o que se chama de tempestade perfeita, considerando que ocorre em pleno período eleitoral.
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