Eis que a polêmica envolvendo a mudança de nomes de logradouros em João Pessoa associados a personagens da Ditadura incendiou, como esperado, o debate na Câmara de João Pessoa.
De um lado, o vereador Marcos Henriques (PT), para quem a mudança é imperativa, diante da necessidade de, segundo ele, se remover os nomes de todos associados ao regime de exceção.
De outro, a vereador Eliza Virgína (Progressistas), entendendo que a iniciativa é uma, segundo a parlamentar, uma tentativa de se “redefinir, redesenhar a história”.
Tudo começou quando, há poucos dias, uma recomendação do Ministério Público da Paraíba e também da Defensoria Pública instruiu o prefeito Cícero Lucena (Progressistas) a proceder a mudança dos nomes.
Cícero respondeu que conferir nomes a logradouros, como ruas, praças e outros espaços públicos, é uma atribuição exclusiva da Câmara Municipal, e que não iria interferir nesse assunto.
E foi assim que caso desembarcou na Câmara. E, pelo visto, muita água vai rolar sob esta discussão.
Nomes – Segundo o MPPB e a DFE, os logradouros que devem ser alterados são os bairros Castelo Branco, Costa e Silva e Ernesto Geisel, as avenidas General Aurélio de Lyra Tavares e Presidente Castelo Branco, a Praça Marechal Castelo Branco, as ruas Presidente Médici, Presidente Ranieri Mazzilli, Travessa Presidente Castelo Branco, além do Loteamento Presidente Médici e da Escola Municipal Joacil de Brito Pereira.
