Concursados vão debater demora de suas nomeações com os deputados
A Assembleia vai realizar uma sessão especial para discutir a “demora do Governo do Estado em nomear os concursados da Polícia Civil”. A propositura foi do deputado Dynaldo Wanderley. Segundo o parlamentar, a Assembleia precisa “discutir esse problema com a categoria e com a sociedade, que paga muito caro pela ausência da polícia na rua”.
Os concursados não ficaram satisfeitos com a fórmula das nomeações que foi proposta pelo Governo durante a audiência com o juiz Antônio Carneiro de Paiva e, em nota, pontuaram: “Não concordamos com a proposta das nomeações a conta-gotas, além disso, não confiamos que o governador cumpra qualquer acordo firmado, como já descumpriu em vezes anteriores”.
Já para o deputado, “a Paraíba presença uma epidemia de violência com o registro de 4,8 assassinatos por dia. As pessoas perderam o direito de ir e vir, pois temem assaltos, agressões, enfim, temem a violência. Não podemos nos calar diante da falta de sensibilidade de um Governo que não convoca homens e mulheres que já estão prontos para cuidar da nossa segurança.”
Longa novela – O concurso foi realizado em 2008 com o total de 1.162 vagas. Em abril do ano passado, um acordo firmado entre o Governo e o Ministério Público da Paraíba estabeleceu que os 523 candidatos deveriam ser nomeados 30 dias após o término do curso de formação. O prazo foi encerrado no dia 5 de janeiro e não foi cumprido.
No dia 6 de fevereiro, uma decisão do juiz da Antônio Carneiro de Paiva Júnior (4ª Vara da Fazenda Pública) deliberou que o Governo só poderia nomear novos servidores após a convocação dos aprovados no concurso. O Governo ignorou a decisão e continuou nomeando outros servidores.
Então, na segunda-feira (dia 23) foi realizada uma nova audiência na 4ª Vara, com o juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior, o promotor de Justiça Ricardo Alex Almeida Lins, secretários de Estado e advogados. Lá, ficou estabelecido a convocação dos aprovados por etapas, de março até o mês de outubro.