Contador de ONG denuncia prática de propina na Prefeitura
Mais uma denúncia ronda a administração do prefeito Luciano Agra. A mais recente partiu do contador Gilberto Rossi, tesoureiro da ONG Ibrades (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento). Segundo Rossi, há um esquema de pagamento de propina na Prefeitura para liberação de recursos do Ministério do Trabalho, através do programa Juventude Cidadã.
É o terceiro escândalo em pouco menos de um mês. O primeiro foi a isenção tributária protagonizada pelo prefeito Agra para beneficiar a Faculdade Maurício de Nassau. Que, inclusive, mereceu uma censura do governador Ricardo Coutinho. O outro foi mais uma compra superfaturada de alho, ao preço de R$ 15, quando custa R$ 4 nos supermercados.
Aliás, essa denúncia de superfturamento na compra de alho produziu mais uma resposta hilária do prefeito. Em vez de responder por que a Prefeitura adquiriu mais de uma tonelada de alho por R$ 15 o quilo, o prefeito simplesmente respondeu com ironia: “É pra ver se a gente acaba com os vampiros que andam por ai.”
Agora, o contador Gilberto revela, com surpresa, ter tomado conhecimento, através da Imprensa e após consulta junto ao Sagres (Sistema de acompanhamento de contas do TCE), da existência de repasses da Prefeitura para a ONG, no valor de R$ 500 mil, sem que os recursos tenham passado pelos cofres da organização.
Adiante, Gilberto ofereceu a declaração mais contundente. Segundo ele, “se não se pagar propina, não se recebe recurso público na Paraíba” e sustenta que chegou a procurar o secretário Raimundo Nunes (Trabalho, Produção e Renda) para esclarecer o assunto, mas não conseguiu falar com ele. Nunes, no entanto, negou a denúncia no final da tarde.
Segundo Nunes, “quando a Prefeitura realizou esse programa do Projovem Trabalhador Cidadão, onze empresas ganharam a licitação, entre elas a ONG Ibrades e todo o pagamento foi feito de acordo com o que estabelece, com toda a lisura”.
A denúncia de Gilberto pode ser conferida no YouTube: http://migre.me/aLcrS.