Copa 2014: Cartaxo faz sua parte e inclui João Pessoa. Falta Governo enfrentar a violência
Depois de tantas notícias ruins, com a Paraíba sendo manchete nacional em escândalos (como da gastança na Granja), indicadores assustadores de violência (João Pessoa a 10ª cidade mais violenta do mundo) e outras tantas, eis que temos uma notícia boa: o anuncio de que João Pessoa terá um centro de treinamento para seleções da Copa 2014.
Não está ainda muito claro se a cidade ganhará um novo centro esportivo, ou se haverá o melhoramento de algum dos atuais, mas o simples fato do projeto apresentado pelo prefeito Luciano Cartaxo ter sido aprovado pela Fifa já é motivo de contentamento. É algo que mexe com o amor-próprio das pessoas, ressabiadas com tantos fatos deprimentes.
De qualquer forma, foi o que Cartaxo oficializou, após reunião no Rio de Janeiro com representantes do Comitê Organizador da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014. Com isso, a cidade passa a concorrer formalmente com outras cidades para receber seleções participantes da Copa. Algo antes impossível, com a Capital excluída inteiramente do evento.
Não é ainda a confirmação da vinda de alguma seleção, mas é muito mais do que tínhamos antes. Cartaxo mostra que, em apenas quatro meses, fez muito mais do que Ricardo Coutinho (em seis anos e meio) e Luciano Agra (restante do mandato). Somados, oito anos. Fez mais do que os ex-governadores Cássio Cunha Lima e Zé Maranhão, além dos dois anos e tanto de RC.
Se João Pessoa conseguir atrair uma das seleções da Copa, a cidade entrará no circuito do maior evento desportivo do mundo, com repercussão internacional. Haverá consequências para o turismo, pro futebol paraibano e, claro, para a economia do Estado. Resta, agora, esperar que o governador faça a sua parte no quesito da violência…
… Porque se os gringos que, eventualmente, por aqui passarem testemunharem a escalada de violência que hoje reina no Estado, o efeito poderá catastrófico, não apenas para a imagem de João Pessoa, mas de todo o Estado. Se é que será possível piorar, depois de tantas manchetes negativas, como se tem verificado em dois anos e tanto de gestão girassol.