CORRENDO CONTRA O TEMPO Oposição ancora-se em Pedro para disputar governo mas pode virar o ano sem definição
A desistência do ex-prefeito Romero Rodrigues da disputa ao governo do Estado ensejou, no primeiro momento, certa perplexidade nas oposições. Romero era considerado o nome para adequado para enfrentar o governador João Azevedo. Foi um momento de anticlímax, meu caro Paiakan.
No pós-operatório, nomes começaram a ser especulados para preencher a lacuna. Foi nesse cenário que surgiu o nome do deputado Pedro Cunha Lima que, antes da desistência de Romero, tinha anunciando a disposição de não ser candidato para reforçar a candidatura do ex-prefeito.
Agora, que a poeira começa a assentar, resta apenas Pedro no páreo pelas oposições. Apesar de existir, nos bastidores, uma força-tarefa para convencer Cássio Cunha Lima a reavaliar a possibilidade de voltar a disputar o governo. Mas, há muita resistência do ex-senador.
Nesse desenho com Pedro, então vem o momento das acomodações. Daí os entendimentos terão de chegar, de um lado à centro-esquerda, via Luciano Cartaxo, e, de outro, à direta, com o PL de Wellington Roberto, certamente fortalecido com o iminente ingresso de Bolsonaro.
Pelo que se comenta nos bastidores, para integrar uma eventual aliança, o PL cobra participação na chapa majoritária com um nome de viés bolsonarista raiz. Pode ser Bruno (filho de Wellington) Roberto, já pré-candidato ao Senado. Mas, pode vir a ser o nome para vice.
De quebra, há o projeto indo e voltando do senador Veneziano Vital do Rego que, numa hora sinaliza interesse em ser candidato, noutro, admite seguir como aliado do governador João Azevedo. Sua indefinição, cria incerteza nas oposições.
Resumo da ópera: diante dessa moldura de incertezas e muita babel nos entendimentos, é possível que a oposição vire o ano sem um definição quanto ao seu projeto de candidatura consistente para 2022. E, como se sabe, quem é coxo parte cedo. Não está sendo o caso.