CRM interdita UTI do Hospital de Patos e aciona Governo na Justiça
Há poucos dias, o Hospital Regional de Patos virou manchete depois que as equipes do SAMU procuraram a Delegacia de Polícia, para prestar queixa contra a falta de médicos e atendimentos, que vinha gerando a morte de pacientes. Agora, o Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) decidiu interditar a UTI do hospital.
Segundo o diretor de Fiscalização do CRM, Eurípedes Mendonça, a UTI, que conta com apenas cinco leitos, não dispunha de um deles exclusivo para o isolamento, que é condição indispensável para o seu pleno funcionamento. A interdição ocorreu na noite desta quarta (dia 17), após a constatação dessa e outras irregularidades.
Após a interdição da UTI, o CRM ingressou, junto à Justiça Federal, com ação civil pública por “danos morais coletivos” contra o Governo do Estado. Segundo Eurípedes Mendonça, “caso os problemas verificados na unidade não sejam resolvidos, para a normalização do atendimento á população, todo o hospital poderá ser interditado”.
O CRM já havia promovido interdição ética, em julho de 2012, por “falta de médicos em escalas de plantão, deficiências na estrutura física e superlotação de pacientes”. Na ocasião, o secretário Waldson de Sousa (Saúde) lamentou, afirmando que o Estado havia realizado um investimento de R$ 1,5 milhão no Hospital para melhor atender à população.