O impasse sobre quem comandará a federação do União Brasil do senador Efraim Filho e o Progressistas do deptuado Aguinaldo RIbeiro, pelo visto, será definido mediante decisão da cúpula nacional do novo agrupamento, entre o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) e Antônio Rueda (Acre).
Pelo acordo celebrado, semana passada, a cúpula da federação deve determinar as candidaturas e a gestão do megapartido nos três maiores colégios, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. “Além disso, a direção tomará as decisões sobre Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins”, segundo o portal Metropoles.
Ainda pelo acordo, o Progressistas deverá ficar com o comando de Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Já o União Brasil deverá comandar os seguintes Estados: Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.
Mas, já haveria uma definição também para que o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) assuma a presidência da federação, para a condução do agrupamento durante o processo eleitoral.
Paraíba – A nacional deverá resolver o caso da Paraíba, uma vez que, tanto o senador Efraim quanto o deputado Aguinaldo não abrem mão de comandar a legenda no Estado. Tem uma explicação: quem presidir a federação, irá definir o candidato a governador da federação.
Efraim tem postulado essa candidatura, mas o Progressistas também deseja, e tem dois nomes na praça: o prefeito Cícero Lucena e o vice-governador Lucas Ribeiro. Desta forma forma, se o União comandar, a federação deverá ter Efraim como candidato, Se for o Progressistas, Cícero ou Lucas.
Nos bastidores, contudo, corre a informação de que, se der Progressistas no comando, Efraim poderá migrar para outra legenda. Fala-se, inclusive, no PL. Se der o União Brasil, também poderá ocorrer algo similar.
Peso – Atualmente, o Progressistas tem 50 deputados e seis senadores. Já o União Brasil abriga 59 cadeiras na Câmara e sete no Senado, entre eles o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (AP).
Com isso, a federação deverá ultrapassar o PL e se tornará a maior bancada da Câmara, com 109 parlamentares, com direito à maior fatia do fundo eleitoral na eleição de 2026. Dessa forma, o novo megapartido do Centrão se tornaria peça-chave nas alianças eleitorais de 2026, com um fundo partidário próximo de R$ 1 bilhão.