DECISÃO UNÂNIME… TRE nega habeas corpus e mantém prisão da vereadora Raíssa Lacerda
A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) seguirá em prisão. Foi o que ficou deliberado durante sessão, realizada nesta segunda-feira (23/09), quando o Tribunal Regional Eleitoral decidiu, à unanimidade, negar o habeas corpus impetrado pela defesa da parlamentar, que pedia a sua soltura.
Raíssa, como se sabe, foi preso no âmbito da Operação Território Livre, por suposto envolvimento com a prática de aliciamento violento de votos, em parceria com facções criminosas. As investigações apontaram diálogos de Raíssa com o líder de uma fação, negociano cargos em troca de apoio político.
Segundo o procurador regional Eleitoral, Renan Paes Félix, “as provas que existem nos autos apontam contato direto com líderes de facções criminosas em troca de benefícios e cargos. Não podemos admitir que se estabeleça possibilidade para facções criminosas acessarem o pode político. Se permitirmos, nós estaremos transformando nosso país em um processo de mexicanização, onde os cartéis têm um poder tão vasto que acabam formando um poder paralelo.”
“As transcrições das conversas dos investigados demonstram o cometimento do crime de coação eleitoral e diversos crimes comuns. As conversas revelam o poder de controlar o livre exercício do voto em comunidades. As perícias feitas nos celulares demonstram, claramente, acordos ilícitos entre membros de facção e a impetrada”, pontuou o juiz-relator Bruno Teixeira.
Votaram pela manutenção da prisão, além do procurador Renan, Paes e os desembargadores Bruno Teixeira de Paiva, Osvaldo Trigueiro, Márcio Leandro e Maria Cristina. A decisão foi unânime e, desta forma, Raíssa vai permanecer no presido feminino, Júlia Maranhão, em Mangabeira.