DELAÇÃO À VISTA Empresário preso na Operação Calvário é levado para o Rio de Janeiro após chefe da organização criminosa desistir de habeas corpus
Algumas pessoas estranharam por quê o empresário Roberto Kremser Calmon, preso num hotel de João Pessoa na 1ª fase da Operação Calvário (14 de dezembro de 2018), tenha passado quatro meses na Paraíba até, finalmente, ser recambiado para o Rio de Janeiro, na manhã desta quinta (dia 18). Kremser, segundo o Blog pode apurar, está atrelado ao processo do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Nesse período, Kremser foi ouvido em algumas oportunidades pelo pessoal do MPRJ. O detalhe é que após Daniel Gomes da Silva, considerado o cabeça da organização criminosa, desistir de habeas corpus para pedir sua liberdade, provavelmente depois de negociar delação, Roberto Kremser foi transferido para compor o quadro das investigações. Ele que vinha do Rio de Janeiro mensalmente à Paraíba.
A suspeita é que o empresário seria o responsável para fazer a ponte nas negociações entre Daniel e seus comparsas na célula da Paraíba. As investigações apontam que Roberto Kremser era apenas uma das peças do mecanismo, e trabalhavam com a estratégia de gerar gordura necessária nos contratos com a Cruz Vermelha, para aumentar o bolo da propina, que seria distribuída com agentes públicos.
Segundo a força tarefa da Operação Calvário, a Cruz Vermelha gaúcha movimentou mais de R$ 1,7 bilhão em recursos públicos. Somente no contrato com o governo da Paraíba, a Cruz Vermelha faturou mais de R$ 1,1 bilhão entre 2011 e 2018.
Prisões – Já se encontram presos no âmbito da operação, além de Roberto Kremser, também Daniel Gomes (foto abaixo)e sua secretária particular, Michele Louzada Cardozo, o ex-assessor Leandro Nunes Azevedo e a ex-secretária Livânia Farias.
Com marcelojose.com.br