Delação, povo nas ruas e a imperiosa necessidade do País realizar eleições diretas já
O cenário que se construiu no País, após a delação do dono da JBS, Joesley Batista, joga o País na necessidade inadiável de discutir sucessão presidencial. A Constituição não prevê a realização de eleições diretas nessas circunstâncias, mas a verdade é que a nação não pode esperar e continuar sangrando até o pleito de outubro do próximo ano. Não dá.
Não se pode esperar pelo naufrágio. Sim, naufrágio, porque depois dessa delação, com as vísceras de Michel Temer expostas, confirmando todo o lamaçal que engolfou o País e seu Governo, não há mais o que esperar, que não seja o naufrágio. O País precisa se reencontrar com sua história. Precisa superar essa tragédia. E isso só ocorrerá com eleições diretas imediatamente.
E como não se faz omelete sem quebrar os ovos, certamente será traumático, porque, até onde a mídia pode apurar, Temer já avisou que não irá renunciar. Mas, o Brasil precisa urgente de um Governo legítimo.
Avenida Paulista – A Avenida Paulista que, nos últimos tempos, tem sido o termômetro da política no País, desde o impeachment de Dilma, voltou a ser ocupada na noite desta quarta (dia 17), por milhares de manifestantes, que foram pedir a saída de Temer. É absolutamente previsível que o movimento só tenda a crescer nos próximos dias e se espalhar por todo o País. Não há saída.