Depois de Bayeux: MP e Gaeco revelam esquema de lavagem e corrupção com dinheiro público no Conde
Dias desses foi o ex-prefeito de Bayeux, Berg Lima, que assombrou a Paraíba com o flagrante recebendo propina, em episódio digno dos registros da Lava Jato. Agora, a cidade do Conde é sacudida com o escândalo envolvendo a ex-prefeita Tatiana Lundgren e auxiliares. O Ministério Público do Estado apreendeu uma montanha de documentos, cheques, e até dinheiro, que seriam objeto de corrupção.
Segundo as primeiras informações, teria sido constatada a ocultação de R$ 3 milhões em patrimônio, em poder de um grupo que foi flagrado com a mão na massa. A ponta do iceberg seria a ex-secretária Andrea Soares da Silva (Finanças, Conde), que, inclusive, já se dispõe a fazer delação premiada. Segundo o Ministério Público, Andrea teria adquirido vários imóveis, com o dinheiro supostamente desviado.
Há documentos comprovando uma das operações, como a compra de um apartamento à empresa Ecomax, no valor de R$ 224.098,00. Consta, inclusive, registro do depósito dessa quantia. Segundo o delegado Ana Murilo Terruel, do Gaeco (Grupo de Repressão do Crime Organizado), havia pelo menos oito pessoas suspeitas de integrar o esquema supostamente criminoso, entre os quais a ex-prefeita Tatiana.
Conforme o delegado Terruel, referindo-se aos crimes praticados, “existem fortes indícios de desvio e apropriação de recursos públicos, lavagem de dinheiro, corrupção, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, entre outros delitos”.
Os demais membros seriam: o policial militar Alex Martins da Silva (marido de Tatiana), Clodoaldo Fernandes (servidor público), Clóvis Marinho Falcão Leal (servidor público), Francisco Cavalcanti Gomes (subprocurador da Prefeitura), Hildebrando Fernandes (servidor público) e Waleska dos Santos Perônico, (secretária da ex-prefeita).