Deputado é assalto pela 2ª vez: “Ninguém faz nada pra conter essa violência”
Passado o período mais caliente das definições partidárias, a Paraíba volta à sua velha rotina. Num dia, o comerciante Adriano Adriano Quaresma morre nesta no Hospital de Trauma, após ser baleado e passar dez dias em estado grave. No outro, um adolescente (Lucas Pereira) é assassinado em Catolé do Rocha. Por todo o Estado, histórias assim se repetem.
E a ironia maior, especialmente em se tratando de um período de grandes motivações políticas, veio com o assalto contra o deputado Branco Mendes e sua esposa Gorete, em plena Avenida Cabo Branco, enquanto fazia uma caminhada, na manhã desta quarta (dia 2). Foi o segundo assalto de que o deputado e sua esposa são vítimas em poucos meses. A primeira foi nas proximidades do Espaço Cultural, em Tambauzinho.
“É uma sensação horrível. Nós mudamos de lugar de caminhada, esperando que na orla seria mais seguro. Mas, pelo que estamos vendo, não há segurança em nenhum lugar, porque os bandidos estão a solta, e ninguém faz nada para conter essa violência que deixa as pessoas impedidas de ir e vir, e assombradas com os bandidos, que estão por toda parte”, desabafou o parlamentar.
Essa tem sido a rotina no Estado dos últimos tempos: uma impressionante escalada de violência, e o Governo do Estado tem se mostrado absolutamente incapaz de enfrentar a bandidagem e oferecer um mínimo de tranquilidade à população. Uma escalada que levou o Estado a ser um dos três mais violentos do País, segundo dados do Ministério da Saúde e também do Ministério da Justiça.
Ranking da violência – Mais que isso: João Pessoa saltou de 29º para 9º no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, conforme estudo da ONG mexicana Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública y la Justicia Penal (Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, do México). Campina Grande, de forma surpreendente, passou a figurar no ranking, a partir de 2013, já na 25ª posição. (mais em http://goo.gl/8nLBnZ).
Então esse é o cenário com o qual os paraibanos estão se defrontando neste momento. E certamente não irá mudar até o veredicto das urnas, em outubro.