Desaprovação das contas pelo TCU é um pesadelo que pode levar ao impeachment de Dilma
O 7 de outubro de 2015 ficará marcado para a presidente Dilma como um dia de pesadelo. Não significa que a petista será cassada, mas, vamos combinar, é o início de um processo penoso que, sem dúvida, pode levar ao seu afastamento. O caminho pode até ser longo, mas basta o Congresso confirmar a decisão do TCU de desaprovar suas contas para estartar o processo.
Claro, até votar a decisão do TCU sobre as contas de 2014, o Congresso terá de limpar a pauta, que consiste em votar antes contas atrasadas de governos passados, inclusive da própria Dilma. Mas, isso não parece ser problema com o ânimo que se tem verificado no parlamento. Há, claramente, um sentimento desfavorável à presidente Dilma. Está claro.
E o curioso é que, mesmo ante uma certa convicção de que a presidente Dilma não cometeu traquinagens em escândalos aferidos pela Operação Lava Jato, a disposição é tirar do poder o modelo que ela representa. Porque escândalos como o petrolão desencadearam uma indignação nacional que termina se dirigindo a Dilma, como dito, por representar o modelo que gerou a bandidagem.
Então, Dilma caminha para pagar caro por seus próprios pecadilhos, como as lorotas que protagonizou em sua campanha do ano passado omitindo dos brasileiros a real situação do País, e também pela ladroagem dos outros, aqueles acomodados no amplo guarda-chuva do governo petista, e que provocaram o maior escândalo recente do Ocidente nos tempos modernos.
Essa ânsia pelos superlativos foi fatal. Um superlativo do tipo “nunca antes neste País”. Resultado: é improvável o Congresso votar contra a decisão do TCU, até porque foi uma decisão unânime. E, uma vez confirmada a rejeição das contas, só um milagre evitará o início do processo de impeachment. Lembrando que, por muito menos, Fernando Collor de Mello foi apeado do poder.
Por isso, este 7 de outubro pode ser apenas o início de um penoso pesadelo para Dilma.